Presidente da Repúbilca destaca o papel da juventude "na construção da democracia, da liberdade, do pluralismo, mas também da coesão social."
O Presidente da República convocou, esta quarta-feira, os jovens para a reconstrução económico-social do país e para a luta pela democracia, afirmando que conta com a sua intervenção "numa sociedade mais egoísta" devido à pandemia de Covid-19.
De acordo com uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa gravou esta mensagem em vídeo e enviou-a às estruturas representativas dos estudantes, por ocasião do Dia Nacional do Estudante, celebrado esta quarta-feira.
Segundo o chefe de Estado, esta data, no atual contexto, "é uma ocasião para pensar naquilo que foi o legado da democracia" e no papel da juventude "na construção da democracia, que continua vivo, da liberdade, do pluralismo, mas também da coesão social, da justiça social, mas também da reconstrução a partir da pandemia, em todos os planos: económico, social, cultural".
"Tudo ao mesmo tempo. Que desafio para os estudantes jovens. Que desafio para os jovens trabalhadores. Que desafio para a sociedade portuguesa. Esse é o vosso desafio. É o nosso desafio", exclama.
Neste vídeo gravado no Palácio de Belém, em Lisboa, com cerca de cinco minutos de duração, Marcelo Rebelo de Sousa evoca as raízes do Dia Nacional do Estudante, referindo que "nasceu num quadro de repressão em ditadura como um grito de liberdade, nos anos 60" do século passado.
"E a mensagem neste Dia do Estudante, evocando as raízes do Dia do Estudante e a atualidade da luta pela democracia e pela liberdade, é um desafio maior, mais exigente, mais difícil, numa sociedade mais egoísta - porque quando há pandemias como aquela que atravessamos as pessoas e as instituições ficam egoístas, pensam na sua sobrevivência, pensam na sua vida, na sua saúde, na sua sobrevivência mínima através do emprego", considera.
Dirigindo-se aos jovens, o Presidente da República afirma: "É aí que entra o vosso papel. Foi isso que eu quis dizer no meu discurso de tomada de posse. Provavelmente não ouviram, mas, tenham ouvido ou não, eu dei um relevo especial à juventude".
"Conto convosco. Portugal conta convosco num momento muito difícil da nossa vida coletiva. Bom dia Nacional do Estudante", acrescenta.
No que respeita ao impacto da pandemia de Covid-19 na educação, Marcelo Rebelo de Sousa realça que "o ensino à distância não é o ensino presencial".
No seu entender, "a falta de proximidade, a falta de convivência com os colegas, com os amigos, com os professores, com o pessoal não docente, com a realidade social atropelou dois anos letivos" e também "marcou a saúde mental, marcou em geral a sociabilidade".
Por isso, os jovens da atualidade enfrentam "o desafio da saída da pandemia, mais o desafio da recuperação, que é mais do que recuperação, a reconstrução a partir da crise económica e social", e ainda "os novos desafios" da sua época: "a transição energética, o digital, a ação climática, as desigualdades reforçadas, o mundo global, as qualificações, as novas qualificações, a atualização permanente".
Reeleito nas eleições presidenciais de 24 de janeiro deste ano com 60,67% dos votos expressos, o Presidente da República tomou posse para um segundo mandato em 9 de março.
No seu discurso de posse, perante a Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa elencou cinco missões para o seu segundo mandato: melhor democracia, combate à Covid-19, recuperação económico-social, coesão social e protagonismo internacional do país.
Em seguida, referiu-se aos jovens, considerando que assumem como ninguém "um patriotismo do futuro" e que "não se satisfazem com as cinco missões nacionais e presidenciais" elencadas e nomeou mais "três causas concretas", igualmente "nacionais e urgentes".
"Esperam mais e mais depressa, para eles e todos os portugueses. E desde já, num Portugal desigual e envelhecido, esperam mais e melhor Serviço Nacional de Saúde (SNS), peça chave da nossa democracia social. Num Portugal pouco competitivo, esperam mais e melhores condições às empresas para usarem em pleno os fundos europeus, atraírem investimento e enfrentarem com sucesso a competição externa, cá dentro e lá fora. Num mundo em aceleração, esperam ainda mais e melhor liderança portuguesa na luta pela ação climática", apontou.
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