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Marcelo diz que "provavelmente" promulga nova versão da lei de estrangeiros se for aprovada na Assembleia da República

Assembleia da República vai reapreciar na próxima terça-feira as novas propostas de alteração à lei de estrangeiros, depois de este diploma ter chumbado no Tribunal Constitucional.

25 de setembro de 2025 às 20:17

O Presidente da República disse esta quinta-feira que provavelmente vai promulgar a nova versão da lei de estrangeiros apresentada pelo Governo se for aprovada no parlamento, tendo a expectativa de que o diploma respeite a Constituição.

"Ela [lei de estrangeiros] vai para o parlamento. No parlamento é votada. Depois eu examino. E ao examinar, se depois de chegar à conclusão que corresponde àquilo que disse o Tribunal Constitucional, promulgação. E provavelmente é aquilo que acontece", afirmou em declarações aos jornalistas depois de inaugurar a oitava edição da Festa do Livro no Palácio de Belém.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou também que "não se lembra de ter vetado ou mandado uma segunda vez para o Tribunal Constitucional" uma lei depois de ser "expurgada" após uma veto dos juízes do Palácio Ratton, mas antes reiterou que examinará o diploma depois de votado na Assembleia da República.

A Assembleia da República vai reapreciar na próxima terça-feira, em plenário, na generalidade, especialidade e votação final global, as novas propostas de alteração à lei de estrangeiros, depois de este diploma ter chumbado no Tribunal Constitucional.

A nova proposta de alteração à lei de estrangeiros, anunciada esta quarta-feira pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, entre outras mudanças que visam a sua conformidade com a Constituição da República, mantém o prazo de dois anos de residência válida para pedir o reagrupamento familiar, mas admite várias exceções, incluindo para cônjuges.

O presidente do Chega, um dos partidos necessários para formar maiorias parlamentares, avisou esta quinta-feira o Governo que não vai aceitar a nova versão da lei de estrangeiros, anunciando que o partido apresentará propostas de alteração para restringir o reagrupamento familiar.

Sobre a conclusão da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), de que a morte de um homem em Mogadouro, Bragança, durante a greve do INEM, poderá estar relacionada com o atraso no atendimento pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), Marcelo Rebelo de Sousa voltou a indicar que se pronunciará sobre a saúde em "tempo oportuno" nas próximas semanas.

"Eu prometi que em tempo oportuno, que está próximo, mais semana, menos semana, diria o que penso sobre a situação da saúde em Portugal e os problemas que se levantam, sobre os quais já falei no passado, mesmo em relação aos governos anteriores, porque de facto são problemas globais e são problemas estruturais na sociedade portuguesa", afirmou.

Questionado sobre as medidas para a habitação aprovadas esta quinta-feira em Conselho de Ministros, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "não teve oportunidade de as ver", acrescentando apenas que serão "certamente bem-vindas".

Em relação ao futuro da Festa do Livro, uma iniciativa que lançou no seu primeiro ano de mandato, 2016, em colaboração com a Associação Portuguesas de Editores e Livreiros (APEL), o chefe de Estado disse que "cada um é como é" e por isso o seu sucessor "escolherá aquilo que corresponde à sua maneira de ser", como o próprio fez por ser do "mundo dos livros".

Sobre se marcará presença em Belém caso a iniciativa se mantenha, Marcelo disse que irá ao Palácio de Belém "quando tiver de vir", por exemplo como conselheiro de Estado, e que, para lá disso, "a vida continua".

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