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Marcelo lamenta ver Gouveia e Melo envolvido em notícias sobre substituição na Armada

Fonte avançou á Lusa que o Governo iria propor o vice-almirante para substituir o atual chefe do Estado-Maior da Armada.

29 de setembro de 2021 às 16:31

O Presidente da República lamentou esta quarta-feira ver o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo envolvido em notícias sobre a substituição do chefe do Estado-Maior da Armada, numa situação que pode parecer "de atropelamento de pessoas ou de instituições".

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas na Casa do Artista, em Lisboa, começou por afirmar que a saída do almirante António Mendes Calado da chefia do Estado-Maior da Armada antes do fim do mandato está acertada com o próprio, mas não acontecerá agora, escusando-se a adiantar qual será a data.

"As notícias acabaram por envolver o senhor vice-almirante Gouveia e Melo", assinalou, depois, referindo-se à informação de que o Governo tenciona propor-lhe a nomeação do coordenador do plano nacional de vacinação contra a covid-19 para substituir o almirante António Mendes Calado na chefia da Armada.

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas defendeu que Henrique Gouveia e Melo "merece, pela sua carreira, a condecoração" que recebeu recentemente "e, pela atuação na campanha da vacinação, o agradecimento de todos os portugueses".

"E, por isso mesmo, o seu mérito, a sua classe, a sua categoria dispensam o ser envolvido numa situação em que pudesse aparecer como que de atropelamento de pessoas ou de instituições. Não é bom nem para as pessoas, nem para as substituições", considerou.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que decidiu intervir publicamente neste caso para esclarecer o que qualificou de equívocos, "porque se trata de salvaguardar a reputação das pessoas envolvidas e se trata de salvaguardar o prestígio das instituições".

"Portanto, é tudo muito mais simples e claro do que aquilo que me pareceu resultar de um erro de informação ou de perceção verificado nas últimas horas", acrescentou.

Na terça-feira, fontes ligadas à Defesa Nacional disseram à agência Lusa que o Governo tencionava propor ao Presidente da República a exoneração do chefe do Estado-Maior da Armada, cargo que ocupa desde 2018, tendo sido reconduzido para mais dois anos de mandato com início em março deste ano.

Fonte próxima do processo e ligada à Defesa Nacional adiantou à Lusa que o Governo iria propor o vice-almirante Gouveia e Melo para substituir o atual chefe do Estado-Maior da Armada.

Nos termos da lei orgânica das Forças Armadas, os chefes dos ramos das Forças Armadas são nomeados e exonerados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, que deve ser precedida da audição, através do ministro da Defesa Nacional, do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

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