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Imposto sobre fortunas é "questão de justiça" e balanço do Governo socialista "negativo": O que disse Mariana Mortágua

Líder do Bloco não apontou o dedo a Pedro Nuno Santos sobre eventuais falhas com a "habitação".

09 de fevereiro de 2024 às 20:22
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Imposto sobre fortunas é 'questão de justiça' e balanço do Governo socialista 'negativo': O que disse Mariana Mortágua

A Coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, foi a quinta convidada da CMTV, numa série de entrevistas aos principais líderes partidários no âmbito das eleições legislativas de 10 de março.

Mariana Mortágua acusou a direita de atacá-la depois da bloquista ter partilhado a história da avó num debate com Luís Montenegro. "Não posso admitir que me acusem de mentir", diz, ao lembrar que a "Lei Cristas" provocou o despejo de muitas pessoas.

"Acho inacreditável que digam que eu não disse a verdade", concluiu.

A bloquista apresentou ainda as medidas do partido para apoiar os portugueses no acesso à habitação. "Ninguém consegue pagar um T1", atirou, além de defender tetos máximos às rendas das casas.

"Não podemos admitir um T1 por 1300 euros."

A deputada esclareceu que os bancos, como a Caixa Geral de Depósitos, podem ter uma política de juros diferente, para apoiar os portugueses. Mortágua recorda que o banco em questão tem grandes lucros, o que permite que esta alteração seja realizada.

Sobre a construção de mais casas, e confrontada com as contas do Bloco, que se traduzem em 60 mil euros para a construção de cada habitação, Mortágua clarificou que "são valores de referência" e que seria exequível.

Mortágua faz balanço do governo socialista, mas não aponta o dedo a Pedro Nuno Santos

"O governo da maioria absoluta fez escolhas na habitação. Antes e depois do mandato de Pedro Nuno Santos. Fazemos um balanço negativo das medidas."

Questionada, diretamente, se o balanço do mandato de Pedro Nuno Santos era negativo, a bloquista responde que todo o governo socialista falhou.

"A governação depende das medidas concretas", respondeu Mortágua, questionada sobre se o líder do PS seria um bom primeiro-ministro.

Mariana Mortágua critica "fundo Medina"

A bloquista acredita que o "fundo Medina" não é solução para Portugal, porque o País tem assuntos mais imediatos para resolver, o que é incompatível com a poupança de verbas para investimento futuro.

A líder do BE defende que o "privado faz parte da resposta" nas questões relacionadas com a Saúde, mas defende maior investimento no SNS. "O público nunca pode rejeitar um cliente. Quando há uma complicação é à porta do público que os doentes vão parar."

A deputada justificou ainda que a medida dos impostos sobre grandes futuras "é uma questão de justiça" e que se verifica noutros países.

Mortágua lembrou  as reivindicações dos polícias, e garantiu que o Governo é responsável pelo problema que afeta, de momento, os agentes.

Entrevistas continuam na CMTV

O primeiro a ser entrevistado foi Paulo Raimundo, do PCP, que, entre outras propostas, na segunda-feira, defendeu a redução das taxas e comissões cobradas pelos bancos.Já Rui Tavares, do Livre, na terça-feira, esclareceu que para Portugal seria "melhor uma maioria plural à esquerda".Na quarta-feira, Pedro Nuno Santos, do PS, foi taxativo a dizer que "é mau para a democracia ter o PS e o PSD comprometidos com a mesma governação".Inês Sousa Real, na quinta-feira, lançou ataques a Mariana Mortágua e criticou oposição do ex-deputado do próprio partido, André Silva.As entrevistas prosseguem na segunda-feira com Rui Rocha, da Iniciativa Liberal. André Ventura (Chega), a 19 de fevereiro, encerra os debates.A data para a entrevista a Luís Montenegro (Aliança Democrática) ainda está por definir.Em atualização

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