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Mendes considera que Presidente "tem de ser brutal na defesa da estabilidade"

Marques Mendes quer utilizar essa experiência "para evitar crises" e "fazer pontes e consensos para resolver as questões que impedem o desenvolvimento do país".

29 de outubro de 2025 às 14:46

O candidato a Belém Marques Mendes defendeu esta quarta-feira que "um Presidente da República tem de ser brutal na defesa da estabilidade", considerando a sua experiência política para o papel.

"O Presidente da República tem de ser brutal na defesa da estabilidade. A primeira grande função de um presidente é garantir a estabilidade. E isso é sobretudo levar os partidos e os governos a negociarem Orçamentos do Estado", disse esta manhã numa intervenção no evento NEXXT, em Leiria.

Na iniciativa dedicada à inteligência artificial e criatividade aplicada à sociedade e aos negócios, Luís Marques Mendes tinha como tema a educação e a economia. Mas foi mais longe e aproveitou para fazer uma radiografia ao país e apresentar o que considerou serem os seus trunfos às presidenciais de 18 de janeiro.

"Nós estamos num bom caminho. A aprovação do Orçamento do Estado [2026] é um bom exemplo", disse o candidato, afirmando que na terça-feira "correu lindamente", com "um Orçamento do Estado viabilizado sem drama" na generalidade.

"Vai ser assim daqui a um ano? Não sei, tenho dúvidas. Daqui a dois? Mais dúvidas ainda. É aqui que entra um Presidente da República: ter capacidade de ver antes do tempo", disse, puxando do seu capital político e experiência. "Eu andei 22 anos na vida política - e agora andei 18 anos fora - a fazer consensos e entendimentos", recordou.

O ex-líder social-democrata lembrou a sua ação nos três governos de Aníbal Cavaco Silva, em que tratou "da fusão das duas agências de notícias, da [criação da] RTP Internacional, do voto dos emigrantes para as eleições presidenciais - que não era possível - e de um pacto para a Justiça".

Marques Mendes quer utilizar essa experiência "para evitar crises" e "fazer pontes e consensos para resolver as questões que impedem o desenvolvimento do país".

"Sou um homem de partido, mas o país é mais importante do que as circunstâncias partidárias. É preciso levar Governo e partidos a sentar à mesma mesa para tentar ultrapassar alguns impasses e bloqueios que existem em Portugal há anos. Temos de mudar o método, o paradigma. Temos de ter uma perspetiva construtiva, positiva", vincou.

Em Leiria, o candidato apoiado pelo PSD pediu "ambição nacional":

"Não é ganância: é sonho, é ousadia, é vontade, é orgulho. Não venham com aquela ideia de um ou outro profeta da desgraça, de que somos um país pequeno. Com toda a franqueza: para pequeno já chego eu!".

E complementou a nota de humor:

"Mas não se preocupem porque na Presidência da República não é a altura do presidente que conta: o que conta é saber se ele está à altura dos desafios e dos acontecimentos".

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