page view

Mexidas na lei laboral e no SNS ficam de fora do Orçamento do Estado para 2026

Governo aceita condições do PS para viabilização do documento no Parlamento. Mas socialistas preferem esperar para ver antes de tomarem uma decisão.

07 de setembro de 2025 às 01:30

A revisão da lei laboral vai ficar de fora do Orçamento do Estado (OE) para 2026, em que o Executivo de Luís de Montenegro também se comprometeu a não inscrever mudanças de fundo no Serviço Nacional de Saúde. “Vamos esperar com atenção até 10 de outubro para ver se este compromisso do Governo se cumpre”, disse o deputado do PS Eurico Brilhante Dias, após a primeira reunião com a equipa de governantes que está a ouvir a oposição, no Parlamento. Está, assim, aberta a porta para que os socialistas viabilizem o documento, aceite que estão duas das principais condições que impuseram para o fazer. 

“A legislação laboral, se tiver respaldo no OE, naturalmente contará com a oposição do Partido Socialista”, afirmou, na semana passada, o secretário-geral do PS. José Luís Carneiro opõe-se ainda a mexidas no quadro da Lei de Bases da Saúde, bem como a alterações na “natureza pública” da Segurança Social. Mas a divergência entre as parte parece ter ficado sanada no encontro de sexta-feira.

O ministro dos Assuntos Parlamentares fez, de resto, um balanço positivo da reunião. “Esperamos com muita convicção que a seriedade se mantenha e a lucidez democrática também e que o PS possa vir a viabilizar o OE”, referiu Carlos Abreu Amorim, que a partir de segunda-feira ouve PSD,CDS-PP, PCP, BE, JPP e PAN, depois de já ter tido contacto com Chega, Livre e IL sobre esta matéria.

SAIBA MAIS

Compra de férias

O anteprojeto de reforma da legislação laboral, aprovado pelo Governo e que ainda será alvo de negociação com os parceiros sociais, muda mais de uma centena de artigos do Código de Trabalho e prevê a compra de até dois dias de férias.

Aprovação mais fácil este ano

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, antecipou que a discussão sobre o próximo OE vai ser “relativamente simples”, enquanto o líder do Chega, André Ventura, considerou haver este ano “condições mais favoráveis” para chegar a consensos.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8