Nuno Melo marcou presença nas Comemorações da Restauração da Independência de Portugal.
O ministro da Defesa destacou, esta segunda-feira, o "maior investimento de uma vez só" nas Forças Armadas nas cerimónias do 1.ª de Dezembro, a última de Marcelo Rebelo de Sousa, que ouviu palavras de desagrado de um grupo de nacionalistas.
Nuno Melo referia-se à candidatura formal de Portugal ao programa europeu de empréstimos para a Defesa SAFE, no valor de 5,8 mil milhões de euros, aprovada na sexta-feira em Conselho de Ministros.
"É o maior investimento de uma vez só nas Forças Armadas, dotando-as de equipamentos que são absolutamente necessários para o cumprimento das missões dentro e fora de Portugal", afirmou o ministro da Defesa, que representou o primeiro-ministro nas cerimónias comemorativas da Restauração da Independência de Portugal, nos Restauradores (em Lisboa).
Nuno Melo remeteu para os próximos dias mais detalhes sobre os equipamentos em que Portugal investirá no âmbito deste programa europeu para a próxima década, e também sobre os juros a pagar, dizendo tratar-se de "navios, veículos blindados, satélites, munições, drones".
"Serão investimentos em todos os domínios, terra, mar, ar e espaço (...) Tudo aquilo que é absolutamente necessário em Forças Armadas, que tem grande parte do seu equipamento já muito ultrapassado, em fim de ciclo, e este esforço é determinante", afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa que, como é habitual não discursou na cerimónia, dirigiu-se no final a uma das laterais da Praça dos Restauradores para cumprimentar membros uma associação amigos de Olivença.
No entanto, ao lado estavam outros populares (cerca de uma dezena) com uma faixa onde lia "portugueses primeiro", que aproveitaram a proximidade do chefe de Estado para lhe deixarem algumas palavras de desagrado.
"Estou muito feliz que vai terminar o seu consulado e vai-se embora do país", disse um deles, com outro a confrontá-lo com o casos de alegado favorecimento a duas crianças gémeas no Serviço Nacional de Saúde, um incidente que durou breves momentos antes de o chefe de Estado entrar no carro.
Antes, o presidente da direção da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Ribeiro e Castro, tinha deixado críticas às poucas verbas destinadas a esta entidade -- "meio salário mínimo por mês" -, um problema que disse estender-se desde as governos PS, mas que não mudou no atual do PSD/CDS-PP.
"Desta vez eu também tenho culpa, que votei AD", afirmou, lamentando também ainda não ter conseguido ser recebido pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O antigo líder do CDS-PP relatou, na sua intervenção, uma conversa que disse ter tido esta manhã com uma popular nos Restauradores, na qual ela lhe manifestou estranheza pela ausência do primeiro-ministro, que também não esteve presente nas cerimónias do ano passado.
Na sua intervenção, Nuno Melo aproveitou para responder que o Governo esteve representado "como um todo" e, no final, negou haver qualquer melindre com estas palavras.
O ministro da Defesa Nacional destacou a grandeza dos que recuperaram a independência política do país e considerou que esta grandeza se encontra, no Portugal contemporâneo, ainda nos antigos combatentes vivos e nos militares das Forças Armadas, quer dos atuais, quer dos que fizeram o 25 de Abril e o 25 de Novembro.
"As Forças Armadas são hoje legatárias do espírito do 1.ª de Dezembro, porque são a manifestação viva de todas as conquistas, a essência da nação portuguesa, a primeira expressão de soberania e a última fronteira da nossa independência", exaltou, alargando este "espírito de grandeza" aos profissionais de saúde, professores, agricultores, forças de segurança, empresários ou desportistas.
Também o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, discursou na cerimónia, voltando a alertar que são "as dissonâncias entre os políticos e o que as pessoas pensam" que geram incompreensão e dão origem aos populismos.
"O 1.º de Dezembro foi o momento em que as elites voltaram a escutar as pessoas", destacou, defendendo que na vida política "é preciso coragem" de falar, por vezes, contra "a bolha político-mediática" como disse ter sido o seu caso quando alertou há alguns anos para "a desregulação na imigração".
Moedas elogiou o exemplo do Presidente da República de "proximidade com as pessoas", e agradeceu-lhe "o muito que aprendeu" com ele, neste último 1.º de Dezembro a que presidiu, já que haverá novo chefe de Estado a partir de 09 de março.
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