Cavaco Silva referiu ainda que "hoje se assinala 40 anos do começo dessa aventura governativa".
Antigos ministros que integraram os governos liderados por Aníbal Cavaco Silva classificaram-no esta sexta-feira como "o melhor primeiro-ministro" que o país teve em democracia, com o antigo governante a manifestar uma "alegria imensa" por este reencontro.
Ministros e secretários de Estado dos três governos chefiados pelo antigo primeiro-ministro e Presidente da República Aníbal Cavaco Silva reuniram-se esta sexta-feira num almoço, em Lisboa, para assinalar os 40 anos desde que assumiu a função de chefe de governo e os 30 desde que deixou esse cargo.
Estiveram presentes dezenas de pessoas, entre as quais Cavaco Silva e a mulher, Maria Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite, Durão Barroso, Álvaro Amaro, Luís Marques Mendes, Mira Amaral, Luís Marques Guedes, Luís Filipe Menezes, Leonor Beleza, João de Deus Pinheiro, Fernando Faria de Oliveira ou o atual ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.
Em declarações aos jornalistas à chegada ao evento, Aníbal Cavaco Silva manifestou "muita satisfação e alguma emoção por participar num almoço de reencontro e confraternização com as pessoas que participaram, serviram o país como membros do 10.º, 11.º e 12.º governos constitucionais".
"É uma alegria imensa ir encontrar estas pessoas que, juntamente comigo, deram o melhor de si próprias para servir Portugal, algumas durante dez anos, outras com muitos menos anos", disse.
Cavaco Silva referiu ainda que "hoje se assinala 40 anos do começo dessa aventura governativa" e "30 anos do fim desses três governos que terminaram a sua tarefa em 1995".
"Pode-se gostar ou não gostar, mas é difícil não chegar à conclusão que eu acho que ele foi o melhor primeiro-ministro da democracia portuguesa. Não apenas o que esteve mais tempo em funções, mas aquele que mais desenvolveu o país e que mais reformas fez", afirmou Luís Marques Mendes aos jornalistas.
O antigo ministro Adjunto, e atual candidato a Presidente da República, afirmou que nos "10 anos de cavaquismo, a média do crescimento económico do país foi de 4% ao ano".
"Hoje é ficção científica, nem a 3% chegamos", notou.
Sobre o atual Governo, Luís Marques Mendes considerou que também "está a ser reformista, por isso também é que em algumas áreas está a ser muito criticado, mas está a fazer reformas".
Também em declarações aos jornalistas, Manuela Ferreira Leite, sublinhou "a competência inultrapassável" de Cavaco Silva, que classificou igualmente como "o melhor primeiro-ministro".
A antiga ministra da Educação considerou que estes executivos eram compostos por pessoas "muito boas, muito solidárias, muito competentes, todas elas muito empenhadas com os mesmos objetivos, sem rivalidades entre nenhuns".
E destacou que tiveram "uma condução impecável sempre por parte do primeiro-ministro, muito conhecedor de todos os trabalhos" de cada governante, "conhecedor não só das coisas boas que podiam ser feitas, como das dificuldades que havia".
Também em declarações aos jornalistas, Mira Amaral, que integrou os três governos, primeiro como ministro do Trabalho e Segurança Social e depois como ministro da Indústria e Energia, defendeu que Aníbal Cavaco Silva "foi de facto o melhor primeiro-ministro que o país teve em democracia".
"Pela sua competência económico-financeira, pela sua seriedade, pelo rigor que veio trazer à vida pública portuguesa e, depois, porque conseguiu estabilidade política, conseguimos entrar na então Comunidade Económica Europeia e tivemos os fundos comunitários. Tudo isto permitiu que fossem anos muito bons para o país", sustentou.
Leonor Beleza, antiga ministra da Saúde, considerou que "o país mudou radicalmente durante aqueles 10 anos".
"Recordo com saudade a vontade de mudar, a intenção de mudar, a enorme solidariedade entre todos os que estávamos a trabalhar, de muitas dificuldades na primeira fase, em que foi o governo minoritário e, portanto, havia muitas resistências, e depois dos momentos extraordinários em que a minoria se converteu em maioria porque as pessoas compreenderam, aceitaram e quiseram participar em mudanças a sério", afirmou.
Sobre o atual governo, Leonor Beleza considerou que "está a fazer as coisas para mudar aquilo que precisa de ser mudado e, desse ponto de vista, há alguma semelhança entre aqueles tempos de há 40 anos e agora".
Questionada se vê em Luís Montenegro o mesmo ímpeto reformista, respondeu: "Não sei se é o mesmo, mas é certamente uma vontade equivalente de mudar coisas, porque ainda há muitas regras em que o nosso país não está a par com outros que andaram mais depressa do que nós".
Fernando Faria de Oliveira, um dos organizadores deste almoço, explicou que este almoço é um "reencontro entre pessoas que colaboraram com os governos do professor Cavaco Silva e que tiveram muito orgulho nessa sua participação".
O antigo ministro do Comércio e Turismo defendeu que estes foram os governos "mais reformistas, mais transformadores e mais realizadores desde o 25 de Abril" e que estes 10 anos foram "um período de verdadeiro progresso do país".
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