A edição de hoje
Empresário acha que “pagou pouco” pelos serviços do agora primeiro-ministro.
O dono da gasolineira de Braga que foi cliente da Spinumviva, a consultora familiar do primeiro-ministro, revelou que o trabalho de Luís Montenegro passou por angariar parceiros estrangeiros para a empresa. Joaquim Barros Rodrigues, que é também um dos principais financiadores do PSD, marcou presença numa ação de campanha da AD, na quarta-feira, no Theatro Circo. “É meu amigo, meu conhecido. E trabalhou para mim, prestou o serviço que eu queria”, disse à CNN o empresário, que pagou 194 mil euros pelo trabalho do líder social-democrata, em 2022. “O valor que lhe paguei, para os valores que costumo pagar em circunstância idênticas - eu trabalho com várias consultoras nacionais e estrangeiras -, acho que paguei pouco. Estou habituado a pagar mais”, garantiu ainda Barros Rodrigues, que depositou em Montenegro a responsabilidade pela “reorganização” do grupo que detém, bem como pela “busca de parceiros estrangeiros”, detalhou. Sobre a polémica, que resultou na queda do Governo, disse que “tudo o que havia para transmitir já foi transmitido”. Assegurou que nunca tirou qualquer benefício da amizade entre os dois e não se coibiu de mostrar apoio público a Montenegro, que cumprimentou no final da ação no teatro bracarense.
O primeiro-ministro, levado em ombros, agradeceu o gesto. O filho do empresário, João Rodrigues, já foi anunciado como candidato do PSD à Câmara de Braga, no próximo ano. É atualmente vereador na mesma autarquia e também ele fez vários donativos ao partido, o último dos quais em 2022, no valor de 2500 euros. A família Barros Rodrigues foi responsável por metade da faturação da Spinumviva quando esta era gerida por Luís Montenegro.
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