Declarações foram feitas pelo primeiro-ministro no jantar de Natal do grupo parlamentar do PSD.
O presidente do PSD defendeu esta terça-feira que "o povo e o país" estão com o Governo e o seu partido, pedindo a todos que não se "deixem levar" pelos que "pegam no megafone e vão para a rua".
No jantar de Natal do grupo parlamentar do PSD, o também primeiro-ministro, Luís Montenegro, nunca se referiu diretamente à greve geral da passada quinta-feira, mas deixou recados aos partidos mais à esquerda e até ao PS, questionando se têm a representatividade que pensam ter.
"Podem estar confiantes, o povo está com o PSD, o povo está com este Governo, o povo está com a maioria dos autarcas do PSD em Portugal, não tenham dúvidas disso. Não se acanhem, não se deixem levar por aqueles que pegam no megafone e vão para a rua, a pensar que têm essa representatividade, porque não têm", afirmou, num jantar que juntou deputados, funcionários do partido e membros do Governo.
Montenegro criticou os partidos que, "com uma extraordinária arrogância, se arrogam a falar em nome dos portugueses, sempre a dizer que 'os portugueses acham isto, porque os portugueses acham aquilo'".
"E depois os portugueses pronunciam-se e têm um deputado na Assembleia da República, tem três deputados na Assembleia da República. Os portugueses não acham nada àquilo que eles dizem que eles acham", disse, numa aparente referência ao BE e PCP.
O líder social-democrata criticou ainda, de forma implícita, o PS.
"E os outros, que ainda há pouco tempo tinham uma maioria absoluta, e agora têm 58 deputados, e não querem aprender com aquilo que o povo lhes disse, e continuam a falar para nós como se tivessem ainda a representatividade maioritária do povo, e têm o desplante de dizer que arrogantes somos nós. Não, nós temos a humanidade democrática de respeitar aquele que é o verdadeiro soberano, que é o povo", afirmou.
O presidente do PSD fez um balanço do ano de 2025, recordando as vitórias nas eleições autárquicas e também nas legislativas antecipadas em que o partido aumentou o número de votos e deputados, mesmo sem maioria absoluta.
"Foi uma eleição que, ainda assim, concedeu condições de governabilidade que são, sinceramente, adequadas para podermos viabilizar, como viabilizámos, e executar, como temos vindo a executar, o programa do Governo", considerou.
Montenegro avisou que existe "uma oportunidade de ouro" até final da legislatura para "catapultar Portugal para um ciclo virtuoso de desenvolvimento" e reiterou "o sonho" de ultrapassar a meta traçada para o salários mínimo e médio.
"E, tal como aconteceu com as eleições autárquicas, nós vamos atingir também o nível salarial que é o sonho do presidente do PSD", disse.
Montenegro negou ter traçado metas mais altas para os salários nos últimos dias devido à greve geral, dizendo tê-lo feito pela ambição que quer incutir no país.
"Temos de incutir esta cultura de irmos mais longe, esta cultura de ganharmos, esta cultura de vencermos, de que não precisamos de ficar sempre naquele ramerrame, naquele jogar para o empate", disse, desejando para este Natal "mentalidade vencedora".
Tal como é tradição nestes jantares, o presidente do PSD e o líder do grupo parlamentar, Hugo Soares, trocaram presentes.
"Para aqueles que estão esquecidos, o ano passado eu trouxe-lhe uma bússola para os senhores deputados nunca se esquecerem do norte (...) Este ano trouxe-lhe um prato com uma fotografia de uma residência para não se esquecerem que o Norte é para ali e é dali que vem a inspiração e as boas decisões que é preciso acolher, preservar, salvaguardar na Assembleia da República", disse Montenegro, referindo-se à residência oficial do primeiro-ministro.
Hugo Soares ofereceu a Montenegro um jogo de tabuleiro "para ver quem sabe mais do PSD" - um dos novos produtos de 'merchandising' do partido - e um presépio.
"Para as almas mais inquietas, não fiquem assustadas, não trouxemos da China", gracejou, depois de o semanário Expresso ter noticiado a sua viagem a este país na qualidade de secretário-geral do PSD a convite do Partido Comunista Chinês.
Na sua curta intervenção, Hugo Soares sublinhou que o partido termina 2025 com "um sentimento de dever cumprido" e fez apenas uma referência de passagem à lei da nacionalidade, dizendo que que o partido a voltará "a discutir no parlamento", após várias normas terem sido declaradas inconstitucionais.
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