De acordo com o líder do executivo, por decisão dos portugueses, o Governo deve ter disponibilidade para o diálogo com todos os partidos com representação parlamentar.
O primeiro-ministro considerou esta terça-feira que o PS tem pela primeira vez na história da democracia portuguesa o desafio de ser efetivamente oposição construtiva, papel que defendeu já ter sido desempenhado pelo PSD perante executivos minoritários socialistas.
Luís Montenegro falava em resposta a uma intervenção do líder parlamentar interino do PS, Pedro Delgado Alves, no primeiro de dois dias de debate do Programa do Governo na Assembleia da República.
De acordo com o líder do executivo, por decisão dos portugueses nas últimas eleições, o Governo deve ter disponibilidade para o diálogo com todos os partidos com representação parlamentar.
Mas, segundo Luís Montenegro, "é verdade que o PS, com as responsabilidades que tem pelo seu percurso nos últimos 51 anos de democracia e por aquilo que projeta para os próximos, terá um exercício de responsabilidade que se antecipa diferente face aos demais partidos".
"Mas isso depende mais do PS do que do Governo", rematou, antes de deixar um recado à bancada do PS.
Para o primeiro-ministro, na atual legislatura, o PS vai mesmo ter "um desafio histórico perante si próprio".
"Talvez seja a primeira vez que o PS, na oposição, possa dar a Portugal uma demonstração de verdadeira e genuína disponibilidade para colaboração com o Governo. Aquilo que tem acontecido ao longo dos últimos anos é precisamente o contrário: O PS está sempre pronto para receber a colaboração quando o PSD está na oposição, mas nunca esteve pronto para fazer o mesmo, com o mesmo significado e alcance, em sentido contrário", sustentou.
Antes, Pedro Delgado Alves tinha exigido ao Governo "maior clareza" política sobre quem é o interlocutor privilegiado no diálogo com as diferentes oposições, invocando o papel do PS como fundador do regime democrático e, numa alusão ao Chega, ao facto de existir um partido que quer instaurar uma "nova República".
Advertiu, também, que o Governo, ao incluir medidas da oposição no seu programa, não as pode encarar como uma manifestação de diálogo, já que, na sua perspetiva, se trata antes de "diálogo unilateral".
Pedro Delgado Alves criticou ainda o executivo por ter incluído no seu programa medidas que não constavam no Programa Eleitoral da AD -- coligação PSD/CDS, apontando como exemplos as revisões das leis laborais e Bases do Serviço Nacional de Saúde, ou a concessão de linhas ferroviárias.
"É verdade que o Programa de Governo não é uma cópia integral do Programa Eleitoral da AD. Tem algumas concretizações dos princípios que estão subjacentes ao Programa Eleitoral", acrescentou.
Na sequência da troca de posições entre Pedro Delgado Alves e Luís Montenegro, o presidente do Chega aproveitou para atacar o PS, dizendo que os socialistas não tiveram preocupações com medidas não constantes no programa do anterior Governo "quando se juntaram ao PSD para descongelar os salários dos políticos".
"O PS não está preocupado em salvar as instituições do regime, está antes preocupado em defender os seus lugares nas instituições", acusou André Ventura.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.