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Montenegro diz que "seria falhanço global" se país não aproveitasse estabilidade para crescer

Além da administração pública, o primeiro-ministro incluiu os empresários e os trabalhadores nesta partilha de responsabilidade.

04 de novembro de 2025 às 18:30

O primeiro-ministro defendeu esta terça-feira que "seria um falhanço global", incluindo do Governo, se o país não aproveitasse a atual estabilidade "política, económica e financeira" para ter "um crescimento seguro, constante e duradouro".

"Não enjeitamos as nossas responsabilidades, assumimos todas as responsabilidades, mas a responsabilidade não é só do Governo, é de todos", defendeu Luís Montenegro, no encerramento de uma conferência da Rangel Logistics Solutions, uma empresa de logística portuguesa com sede na Maia e fundada há 45 anos.

Além da administração pública, o primeiro-ministro incluiu os empresários e os trabalhadores nesta partilha de responsabilidade.

"Seria uma falha, um falhanço global se nós não fizéssemos desta estabilidade, deste potencial, a raiz de um crescimento seguro, constante, duradouro e que efetivamente possa refletir-se na vida dos nossos cidadãos", avisou, pedindo a todos os agentes que façam a sua parte.

Montenegro salientou que, do lado do Governo, o que lhe compete "é não desperdiçar essa oportunidade", defendendo que o executivo que lidera está a "implementar em Portugal uma agenda transformadora".

"O Portugal do futuro é o Portugal do bom governo, mas é o Portugal também das pessoas audazes, diligentes e das instituições e das empresas arrojadas, inovadoras", disse.

Montenegro admitiu que o atual contexto é "altamente desafiante, mas também cheio de oportunidades", dizendo haver razões para acreditar que Portugal pode funcionar como um "locomotiva de desenvolvimento" em muitas áreas.

"Nós somos capazes de fazer muitas coisas e de fazer muitas coisas melhor do que os outros fazem, antes de os outros fazerem. E isso é uma tarefa que não compete apenas aos governos", reiterou.

Na "agenda transformadora" que reivindicou para o Governo PSD/CDS-PP, Luís Montenegro destacou a reforma do Estado, as alterações fiscais e o reforço da capacidade de executar investimento, nomeadamente em infraestruturas.

O primeiro-ministro admitiu que a reforma do Estado "talvez não se veja ainda com a nitidez" que pretende, mas manifestou-se confiante que chegará à vida das empresas e tornará "a sua relação com o Estado mais simples, mais direta, menos burocrática, menos complexa, com menos regras".

Por outro lado, destacou as várias reduções do IRS e do IRC já implementadas pelo executivo PSD/CDS-PP, salientando que a política fiscal é uma ferramenta para reter e atrair os melhores recursos humanos.

"Nós não alteramos impostos para ter mais receita, nós alteramos os impostos para ter mais crescimento económico", afirmou.

Na área do investimento público, Montenegro salientou "não ser por acaso" que uma das primeiras decisões do seu primeiro Governo foi decidir a localização do futuro aeroporto de Lisboa, dizendo que o executivo está também a dar "passos significativos" para melhorar a rede ferroviária e concretizar o programa de valorização dos portos.

À saída da conferência, que decorreu no Pátio da Galé, em Lisboa, Montenegro não respondeu às perguntas dos jornalistas, desejando-lhes apenas "bom trabalho" e rindo-se quando questionado se vai manter no Governo a ministra da Saúde, depois de notícias do Observador e do Expresso que dão conta de que Ana Paula Martins quererá sair do executivo, em data a acertar com o primeiro-ministro.

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