Coordenadora do BE considera que incoerências eram óbvias, "nomeadamente, na posição relativamente ao caso do primeiro-ministro e ao caso do líder do PSD Madeira e presidente do Governo Regional".
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, acusou esta quinta-feira o líder do PSD, Luís Montenegro, de "óbvia incoerência" em relação ao presidente do Governo Regional dos Madeira, Miguel Albuquerque, face à posição tomada em relação ao primeiro-ministro.
"O líder do PSD encontra-se neste momento numa situação de óbvia incoerência e, por essa incoerência, só o líder do PSD pode responder. Eu respondo pelo Bloco de Esquerda. Miguel Albuquerque não tem condições para se manter à frente do Governo Regional", respondeu aos jornalistas Mariana Mortágua quando questionada sobre as investigações que envolvem o Governo Regional da Madeira.
Questionada sobre quais eram as incoerências de Montenegro, a líder do BE considerou que eram óbvias, "nomeadamente, na posição relativamente ao caso do primeiro-ministro e ao caso do líder do PSD/Madeira e presidente do Governo Regional".
"Mas, mais do que incoerência, é o caso em si que importa, é a natureza do regime de direita na Madeira que importa", defendeu.
Segundo Mariana Mortágua, Luís Montenegro sabe "que o regime da direita na Madeira se constrói em cima de uma rede de negócios e de favores".
"Porque só pode saber e, portanto, ao não reconhecer isso, o que está a fazer é proteger esse regime de favorecimentos e negociatas, como sempre fez, porque esse é o regime do PSD na Madeira e da direita da Madeira ao longo de décadas e toda a gente sabe isso", disse.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal e de dois gestores do grupo de construção AFA, disse à Lusa quarta-feira fonte ligada ao processo.
Na quarta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) realizou na Madeira e em vários locais do continente cerca de 130 buscas numa investigação por suspeitas crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.
No mesmo dia, depois de Miguel Albuquerque ter afirmado que não se demitia, o presidente do PSD rejeitou comparar as investigações que atingem o presidente do Governo da Madeira e o primeiro-ministro, António Costa, defendendo que "as diferenças são mais do que muitas".
Em novembro, depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado o seu pedido de demissão na sequência de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito da Operação Influencer, o presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu a realização de eleições antecipadas, dizendo que "o Governo caiu por dentro" e que a degradação do executivo "impõe que não se perca mais tempo e se devolva a palavra ao povo".
O líder social-democrata foi muito crítico dos socialistas e chegou a considerar que os portugueses "já não têm respeito nem pelo Governo, nem pelo exercício de funções em concreto de alguns dos seus membros".
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