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Nova estratégia de adaptação às alterações climáticas apresentada hoje

Estratégia destina-se a adaptar todos os setores da sociedade aos efeitos das alterações climáticas.

29 de outubro de 2025 às 17:47

O Governo apresentou, esta quarta-feira, a nova Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC 2030), que reforça a capacidade de adaptação a fenómenos extremos e investe nomeadamente na prevenção de cheias.

A ENAAC2030 está a partir desta quarta-feira em consulta pública. Orienta a resposta nacional aos impactos das alterações climáticas e reforça a capacidade de adaptação face a fenómenos extremos como ondas de calor, secas, incêndios e inundações, indica o Ministério do Ambiente e Energia em comunicado.

A estratégia destina-se a adaptar todos os setores da sociedade aos efeitos das alterações climáticas e precisa de ser revista "porque os impactos nos últimos anos foram muito maiores do que costumavam ser", disse à Agência Lusa a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

Impactos na área do Ambiente e Energia, como a erosão costeira, efeitos nos rios, a escassez hídrica, a prevenção dos incêndios florestais, enumerou a ministra, acrescentando que há impactos também em outras áreas, como na saúde, com o aparecimento de novas doenças.

"O mosquito da [febre] dengue apareceu no continente", exemplificou, explicando que é preciso adaptar as políticas às alterações climáticas, seja na questão das altas temperaturas, seja nas condições de trabalho.

Maria da Graça Carvalho disse à Lusa que o Governo não estava à espera do novo enquadramento para avançar com o que tinha de ser feito e recordou que já começaram a ser feitas obras na orla costeira, com um investimento de cerca de 140 milhões de euros do Programa Operacional Sustentável, com ações em locais como Esposende, Ferragudo, Figueira da Foz, Costa da Caparica e Vale do Garrão.

Na área da prevenção de cheias a Agência Portuguesa do Ambiente foi dotada com 12,3 milhões de euros para modernizar o sistema de prevenção, que dá o alerta e indica as regiões mais suscetíveis a cheias e inundações, referiu Maria da Graça Carvalho.

E acrescentou ainda as obras para prevenir o efeito das cheias, para as quais, na renegociação do Programa Operacional Sustentável foram incluídos 60 milhões de euros. Há obras em Lisboa, Algés, Oeiras e Faro.

"Não estivemos à espera da estratégia para avançar", reafirmou a ministra, acrescentando que a ENAAC2030 organiza as políticas, lista as áreas críticas e as necessidades, e promove a monitorização e o diálogo entre os setores da administração pública afetados pelas alterações climáticas.

O objetivo da ENAAC 2030 é "dotar o país dos instrumentos e do conhecimento necessários para proteger as pessoas, os ecossistemas e a economia, num contexto de riscos climáticos cada vez mais frequentes, intensos e imprevisíveis", diz-se no comunicado do Governo.

O projeto da Estratégia é colocado em consulta pública através do portal Participa.pt e o Ministério convida cidadãos, instituições e empresas a contribuir.

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