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Novo processo contra patrão de Sócrates

Ministério Público pede documentos de reportagem da TVI.

02 de novembro de 2015 às 01:00

O Departamento de Investigação e Ação Penal abriu mais um inquérito visando a Octapharma – a farmacêutica para o qual José Sócrates trabalhava quando foi preso, a 21 de novembro do ano passado.

O inquérito, já a correr na 9ª secção, poderá vir a envolver o ex-primeiro- -ministro, bem como outros governantes do PS que validaram negócios milionários com o grupo de Lalanda de Castro – também arguido no processo Marquês e indiciado por corrupção e branqueamento de capitais.

O DIAP também pediu à estação de televisão TVI, com caráter de urgência, que lhe fossem enviados os documentos que tinham sido mostrados numa reportagem feita este verão – e assinada por Alexandra Borges – na qual se dava conta de como estavam a ser desperdiçados milhões em plasma e as suspeitas de que a Octapharma estava a ser beneficiada, já que vende ao Estado português o que é deitado fora através da doação de sangue.

Este novo inquérito visa então um contrato assinado pelo Estado português e a Octapharma que deu a esta empresa uma posição tentacular na venda do plasma. Aliás, a farmacêutica foi uma das mais importantes empresas durante o governo de Sócrates, já que faturou, por ajuste direto, entre 2005 e 2011, cerca de seis milhões de euros.

Quando José Sócrates foi primeiro- -ministro, o Hospital Curry Cabral e os Centros Hospitalares de Setúbal e Coimbra foram os principais clientes públicos da Octapharma, com aquisições de plasma do sangue e derivados que correspondem a mais de 50% do total que era usado.

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