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"Vamos vencer as próximas legislativas": Ventura diz que "sistema político muda para sempre" e "nada vai ser como antes"

Partido tornou-se o novo líder da oposição.

28 de maio de 2025 às 21:29

André Ventura reagiu, esta quarta-feira, aos resultados conseguidos pelo Chega com os votos dos emigrantes. O partido de Ventura ganhou pelo círculo fora da Europa e na Europa, conseguindo a eleição de dois deputados. No total, o Chega consegue 60 lugares na Assembleia da República, contra os 58 conseguidos pelo Partido Socialista, conhecidos no passado dia 18 de maio. Estes resultados tornam o Chega a segunda força política nacional e confirmam o partido como o novo líder da oposição.

Em declarações aos jornalistas, André Ventura considerou a "vitória estrondosa" e explicou o porquê de ter tido o voto de confiança dos emigrantes: " Os emigrantes sabem o que é a corrupção, a subsidio- dependência, a emigração descontrolada e ter de lutar por tudo isto. Eles vivem em países com problemas que nós agora estamos a enfrentar".

"O sistema político hoje muda para sempre. Nada será como antes", acrescentou o novo líder da oposição. 

Ventura disse que o País precisa de "estabilidade" e que espera ainda esta quarta-feira falar com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Numa segunda reação aos resultados da emigração, André Ventura glorificou o Chega, realçando que "um partido com 6 anos rompeu com 50 anos de bipartidarismo em Portugal".

O líder do agora principal partido da oposição agradeceu aos emigrantes que contribuíram para a vitória nos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa. "Obrigado, obrigado, obrigado", disse André Ventura.

"Quero mudar este País, quero mudar a vida dos portugueses, quero mudar a alma deste País", exacerbou o líder do partido pedindo ao povo para não ter medo da mudança. E deixou ainda uma promessa: "Nós vamos vencer as próximas eleições legislativas em Portugal".

"Eu acho que isto é o sinal de um país que está a mudar e que nós todos, todos os poderes, partidos, imprensa, sociedade civil, têm que perceber que o país está a mudar e que o país de hoje não será o mesmo que o país de ontem e que agora teremos um país diferente", considerou.

Ventura rejeitou ainda a ideologia de género. "Não contem connosco para dizer amén à ideologia de género ou àquilo que feito nas escolas portuguesas", afirmou o líder partidário.

André Ventura disse também que saberá "interpretar e liderar a oposição com responsabilidade", mas deixou um alerta: "Não esperem do Chega o que o PS e o PSD fizeram durante 50 anos. Foi por isso que as pessoas quiseram agora um partido diferente".

Questionado sobre a governabilidade, o presidente do Chega afirmou: "Mais do que estabilidade, que é importante, é preciso trabalho, trabalho e trabalho". Ventura sustentou que o líder da oposição "tem o dever de ser a alternativa".

"Neste dia em que o sistema político mudou para sempre, e em que o Chega se assume como o partido líder da oposição, eu queria também transmitir a Portugal o enorme sentido de responsabilidade com que encaro esta missão, e o enorme sentido de responsabilidade com que este partido encarará esta missão", afirmou.

"Não seremos os líderes do bota-abaixo pelo bota-abaixo, não seremos os líderes da crítica fácil. Seremos o partido que, a partir de hoje, começará a construir uma alternativa para este governo", afirmou, considerando que "todos os sinais estão dados, dentro e fora do país, de que é preciso um outro governo, de que é preciso um outro país e que a hora da mudança está a chegar aqui a Portugal".

Ventura disse também que o Chega será "o partido da ordem, da estabilidade, mas também o partido do escrutínio e do confronto".

"Aqueles que esperavam que o partido, com estes resultados, se aburguesasse ou se acomodasse, estão enganados", indicou, mas referiu que "quando for preciso responsabilidade, quando for preciso ordem e quando for preciso estabilidade, nós estaremos lá para dar a Portugal".

O líder do Chega defendeu que "os portugueses querem estabilidade, não querem andar de eleições a cada três, seis ou 12 meses", mas também "querem uma mudança na sua vida", pois "estão fartos".

Pelo círculo da Europa foram eleitos José Dias Fernandes, pelo Chega, e José Manuel Ferreira Fernandes, pela AD. Pelo círculo fora da Europa, foram eleitos Manuel Alves, do Chega, e José Cesário, da AD.

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