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Partido Chega luta contra a droga em arruada na Baixa de Lisboa

André Ventura surgiu ao estilo dos presidentes dos EUA e pleno de confiança: “As pessoas reconhecem o homem que diz as verdades”.

26 de setembro de 2019 às 01:30

O percurso foi o clássico das arruadas na Baixa de Lisboa, do Camões ao Terreiro do Paço, e o líder vestia no estilo mais formal possível, de fato cinzento, camisa azul-claro e gravata encarnada, à moda dos presidentes dos EUA.

Por baixo das aparências, rebentou, porém, o antissistema do Chega!, com André Ventura implacável: "Não quero viver num País em que no centro da capital se vende droga a céu aberto. Se houver quem queira, não vote em nós!". A altura de pôr os pontos nos is aconteceu à sombra do elevador de Santa Justa.

Antes dominou a ideia do todos por um. Na praça do Camões, onde os turistas estrangeiros pareciam muito mais numerosos do que os eleitores nacionais, o líder do Chega! juntou-se a umas dezenas de apoiantes, com destaque para os cabeças de lista do partido em Braga (Manuel Matias) e Açores (Joaquim Chilrito), além de outros candidatos, jovens e fãs que tentaram animar a passeata com o agitar de bandeiras.

Uma das primeiras entregas de folhetos de campanha levantou logo a habitual questão do Benfica ou política. Obviamente, não pela gravata encarnada de André que, pouco depois, suscitou recriminações de um transeunte, mas pelos seus comentários sobre futebol na CMTV, sempre a pugnar pelo emblema da águia. O assunto ficou arrumado com a resposta de um adepto, interpelado diante da Ginjinha do Arco Bandeira, sobre se sabia a que concorria o homem em foco: "Ele é do Benfica e por isso é com certeza para primeiro-ministro!"

O líder do Chega! também deu, depois, a sua opinião de forma pletórica: "As pessoas sabem identificar o projeto político e reconhecem bem o homem que diz as verdades."

Com as bandeiras da Segurança e da Justiça bem ao alto na campanha, André Ventura reclama mais polícias na rua. E também denuncia a ineficácia do sistema que permitiu, já este mês, o assassinato e violação de uma mulher, no caso freira sexagenária, por um criminoso que estava pela segunda vez em liberdade condicional, após outros crimes de violação.

"Não se pode denunciar nada – sublinha -, é tudo racismo, tudo xenofobia, tudo extrema-direita. É hora de fazer melhor. Não queremos um País a brincar." Sobre se a eleição de um deputado chega ao Chega! para mudar a situação, André remata: "Não chega, eram precisos mais, mas o contexto é o que existe."

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