Para a líder parlamentar do PCP, as alterações ao Orçamento do Estado "não o alteram um milímetro".
O PCP defendeu esta quarta-feira que a maioria absoluta do PS foi uma "garantia de instabilidade na vida do povo" que aprofundou as desigualdades, considerando que as alterações ao Orçamento do Estado "não o alteram um milímetro".
No encerramento do debate sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2024, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, considerou que, durante toda a discussão orçamental, "não houve qualquer disponibilidade da maioria absoluta do PS para avançar com soluções" para melhorar as condições de vida da população e valorizar os serviços públicos.
"As propostas que o PS aprovou não alteram um milímetro o Orçamento que deu entrada na Assembleia da República", sustentou.
Paula Santos deu como exemplo o facto de o PS não ter aceitado o aumento dos salários em 15%, num mínimo de 150 euros, acusando ainda os socialistas de não terem "tido disponibilidade para valorizar a carreira docente" ou garantir "condições de trabalho aos médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde".
"Para quem o Governo sempre teve total disponibilidade, numa atitude de subserviência do poder político ao poder económico, foi com o grande patronato e os grupos económicos", acusou.
A dirigente do PCP considerou que tem "significado político" que o PS e os partidos de direita "defendam a aprovação de um Orçamento que não vai melhorar a vida dos trabalhadores e do povo, nem assegurará melhores serviços públicos, nem mais justiça fiscal".
"Com arranjos diversos, no essencial, as propostas do PCP foram rejeitadas pelo PS, sozinho ou acompanhado por PSD, IL e Chega, em conjunto ou à vez", disse, acusando os socialistas de terem convergido com a direita no "favorecimento do capital".
"Uma vez mais, o PSD viu-se às aranhas no debate orçamental, com o PS a fazer aquilo que o PSD gostaria de fazer", referiu.
Para a líder parlamentar do PCP, o legado da maioria absoluta do PS é "mais desigualdades e injustiças, mais dificuldades na vida dos trabalhadores e do povo".
Paula Santos sustentou que, apesar de se alegar que "o país está melhor" e que "os indicadores económicos são bons", isso "não tem nenhuma tradução na vida das pessoas", acrescentando que as contas certas "não colocam comida na mesa, não garantem a consulta, não asseguram o professor, nem impedem o despejo".
"Passados estes dois anos, a maioria absoluta do PS não foi nenhuma garantia de estabilidade. Foi, isso sim, uma garantia de instabilidade na vida do povo português", criticou.
A líder parlamentar do PCP referiu que, "às portas de eleições", o PS aborda o período da 'geringonça' e não o da maioria absoluta "para valorizar a sua governação".
No entanto, Paula Santos defendeu que "o que fez a diferença no período após 2015" não foi o PS, mas sim "a força e o papel decisivo do PCP" em propostas como a gratuitidade dos manuais escolares, o aumento extraordinário das pensões ou a redução do valor do passe social.
"Só não se foi mais longe porque o PS não quis. Tal como em 2021, não quis encontrar soluções para os problemas reais, os salários e pensões, a saúde e a habitação. Se, nessa altura, tivessem sido aprovadas as propostas do PCP, esta quarta-feira a situação estaria diferente, para melhor", referiu.
A líder parlamentar do PCP sustentou assim que a realização de eleições legislativas "é uma oportunidade para romper com este caminho de desigualdades e de injustiça" e para construir "uma política alternativa".
"Está nas mãos dos trabalhadores, dos reformados, das mulheres, dos jovens, juntar forças, para tornar o sonho realidade", concluiu.
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