Secretário-geral dopartido afirmou que as alterações laborais do Governo "envergonham todos os trabalhadores" que votaram no PSD, Chega e IL.
O secretário-geral do PCP perguntou este sábado em que país vive quem considera que uma renda de 2.300 euros é moderada e afirmou que as alterações laborais do Governo "envergonham todos os trabalhadores" que votaram no PSD, Chega e IL.
Num discurso numa sessão pública em Avis, distrito de Montalegre, Paulo Raimundo afirmou que as propostas do Governo para a habitação, anunciadas esta quinta-feira após uma reunião do Conselho de Ministros, são "uma afronta" para o povo.
"É uma afronta considerar-se que 2.300 euros é o valor de uma renda moderada para uma habitação. É caso para perguntar: em que país vivem aqueles que acham que 2.300 euros é o valor moderado para uma renda? Não há de ser no país dos 2.700 mil trabalhadores que ganham 1.000 euros de salário bruto por mês", afirmou.
Paulo Raimundo considerou que essa "ilusão" de rendas moderadas serem de 2.300 euros deve ser de quem tem "muito negócio para fazer" e de quem tem "muito compromisso para assumir com aqueles que mais ganham à custa do esforço da maioria".
O secretário-geral do PCP considerou ainda significativo que, ao mesmo tempo que considera uma renda de 2.300 euros moderada, o Governo ache que o artigo constitucional que consagra o direito à habitação "deve continuar entregue ao mercado da especulação, porque o mercado vai resolver tudo".
"Isto não vai lá com o mercado a funcionar. Vai lá sim com o Estado a regular, a tomar conta e a impor o caminho que se impõe para resolver o problema da habitação", defendeu.
Neste discurso, Paulo Raimundo deixou também críticas às alterações laborais defendidas pelo Governo, considerando que é preciso "derrotar o pacote patronal ao serviço do patronato".
"Este pacote laboral envergonha todos os trabalhadores que, por esta ou aquela razão, por esta ou aquela motivação, por esta ou aquela ideia de arrasto, votaram no PSD, CDS, Chega e IL. Todos aqueles que votaram nestas forças estão hoje, com justa causa, profundamente envergonhados por aquilo que fizeram", sustentou.
Após o discurso, em declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo falou sobre o facto de o gabinete do primeiro-ministro ter associado, numa resposta ao jornal Público, a data dos pedidos de documentação feitos no âmbito da averiguação preventiva ao caso da Spinumviva a duas campanhas eleitorais, insinuando que houve motivações políticas nos 'timings' escolhidos pelo Ministério Público.
O secretário-geral do PCP recordou que, quando surgiram as primeiras revelações relativas à Spinumviva, defendeu que Luís Montenegro devia ter-se demitido, criticando o primeiro-ministro por manter-se no cargo e achar que o resultado das eleições legislativas iria "limpar essa opção errada que tinha tomado".
Paulo Raimundo disse que o Ministério Público "pede os documentos quando achar que é necessário" e frisou que isso só é uma polémica "porque o primeiro-ministro tomou, na altura, a decisão que tomou"
"Se se tivesse demitido, nada disso estaria a acontecer hoje. Essa opção do primeiro-ministro arrastou o país para esta situação. Vamos ver como é que isto acaba", referiu.
O secretário-geral do PCP fez estas declarações após um almoço-comício em Avis, no concelho de Portalegre, um 'bastião' da CDU desde 1976. Nestas autárquicas, a coligação aposta em Manuel Coelho, uma vez que o atual autarca, Nuno Silva, não se pode recandidatar, por atingir o limite de três mandatos consecutivos.
Num discurso neste comício, Manuel Coelho frisou que a CDU é composta por "homens e mulheres que assumem as suas responsabilidades, 365 dias por ano" e que "não acordam para a vida e para o concelho apenas meia dúzia de meses antes das eleições" e que, no dia a seguir à ida às urnas, "voltam a hibernar e a desaparecer por mais quatro anos".
Há no cinco candidaturas à Câmara Municipal de Avis: CDU, PSD, PS, Chega e o Grupo de Cidadãos por Avis (GCA).
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