Primeiro-ministro admitiu que rendas de 2.300 euros são "muito altas", mas existem em zonas como Lisboa, Porto ou Península de Setúbal.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou esta sexta-feira que o Governo "quer dar vantagens a todo o território" em termos de habitação, incluindo os grandes centros urbanos, onde as rendas são "muito altas".
Em Esposende, durante a apresentação do candidato do PSD à Câmara local, Montenegro admitiu que rendas de 2.300 euros são "muito altas", mas existem em zonas como Lisboa, Porto ou Península de Setúbal.
Zonas, frisou, "onde o mercado não tem oferta suficiente e onde uma família com dois filhos, com três filhos, não consegue ter acesso a uma renda moderada para poder ter uma oferta de habitação".
"Nesses sítios, nós estamos a falar de professores, nós estamos a falar de médicos, nós estamos a falar de enfermeiros, nós estamos a falar de polícias, nós estamos a falar de técnicos superiores, de profissionais liberais, da administração pública e das empresas. Para aqueles que têm dificuldade em perceber, o nosso plano é este: nós queremos dar vantagens a todo o território", referiu.
Para Montenegro, que é também primeiro-ministro, é preciso que o território retribua a solidariedade que muitas vezes reclama dos grandes centros urbanos.
"Se nós muitas vezes reclamamos fora de Lisboa, do Porto, dos grandes centros urbanos esse espírito de solidariedade, nós também temos de expressar no resto do território a solidariedade para quem vive nos grandes centros urbanos e também tem direito a ter educadoras de infância na creche, também tem direito a ter professores na escola, também tem direito a ter médicos nos hospitais e nos centros de saúde", apontou.
Para Luís Montenegro, "este Partido Social Democrata não esquece ninguém".
"Não esquece os que têm dificuldade, dá-lhes apoio. Não esquece os que estão no território, está ao lado deles. Mas também não esquece a classe média que nos grandes centros urbanos também é responsável por garantir o pulsar e o desenvolvimento do nosso país. E quem não perceber isto não sabe o que é Portugal", vincou.
Na quinta-feira, no final do Conselho de Ministros, Luís Montenegro anunciou que o Governo vai baixar a taxa de IVA para 6% para a construção de casas para venda até 648.000 mil euros ou, se forem para arrendamento, com rendas até 2.300 euros - um regime fiscal que irá vigorar até 2029.
Por outro lado, a taxa de IVA mínima de 6% vai também aplicar-se "à construção e reabilitação de edificado" para arrendamentos até ao valor de 2.300 euros.
O secretário-geral do PS mostrou-se surpreendido com o facto de o Governo considerar que a renda média do português é de 2.300 euros e disse que isso é de alguém que não conhece o país.
"Eu fiquei surpreendido com o facto de termos um primeiro-ministro e um ministro das Infraestruturas responsável pela habitação, ao considerar que a renda média do português é de 2.300 euros. Isso é que me surpreendeu", afirmou José Luís Carneiro aos jornalistas.
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