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Pedro Duarte quer repensar economia do Porto sem excessos no turismo e imobiliário

Para o novo presidente da Câmara do Porto, a cidade precisa de reforçar a sua "base produtiva e de apostar em bens e serviços transacionáveis".

05 de novembro de 2025 às 19:40

O novo presidente da Câmara do Porto, Pedro Duarte, tomou esta quarta-feira posse e afirmou como desígnio "repensar o modelo de desenvolvimento económico" da cidade, alertando para a excessiva dependência do turismo e imobiliário.

"Teremos de repensar o nosso modelo de desenvolvimento económico. Uma cidade que depende em excesso do turismo e do imobiliário corre o risco de se tornar refém do seu próprio sucesso", disse esta quarta-feira no seu discurso de tomada de posse, numa cerimónia no Mosteiro de São Bento da Vitória.

Para Pedro Duarte, o Porto precisa de reforçar a sua "base produtiva e de apostar em bens e serviços transacionáveis", ao "diversificar, consolidar a economia do conhecimento, valorizar as indústrias criativas, atrair empresas inovadoras e proteger o comércio de proximidade, que sustenta a coesão da cidade".

Na parte inicial do seu discurso, tinha já identificado que "o Porto cresceu, mas com o crescimento vieram também novas dores: a pressão sobre a habitação, a insegurança, as limitações à mobilidade, as desigualdades que persistem".

Elencando cinco pontos essenciais, Pedro Duarte garantiu que fará uma governação focada em "resolver os problemas reais" das pessoas, optará por agir "com base no diálogo, na escuta e no consenso", manterá "o legado portuense das contas certas e da gestão responsável", governará com "proximidade" estando "nas ruas e nos bairros", e ainda exercendo o poder "com coragem", sem depender dos "interesses particulares" e "com arrojo perante os velhos do Restelo e com desprendimento perante o 'status quo'".

"O Porto não pode -- nem quer -- fechar-se sobre si próprio. Tem de ser pensado em rede e perspetivado em articulação com a Área Metropolitana, com a Região Norte, com o País e com a Europa", disse ainda, vendo a cidade como "uma referência de cooperação e confiança entre os municípios da região", com "atitude construtiva", "visão estratégica" e "capacidade de agregar".

Recuperando uma ideia do seu discurso da vitória eleitoral de 12 de outubro, Pedro Duarte disse querer afirmar a cidade "sem complexos", assumindo "a sua responsabilidade de liderança: liderar para unir a região, para projetar o Grande Porto, para reforçar o papel do Norte e, desse modo, para fortalecer Portugal". 

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