"Se um primeiro-ministro quer um entendimento com o PS, tem que respeitar o PS", declarou o secretário-geral dos socialistas.
O secretário-geral do PS acusou, esta quinta-feira, o primeiro-ministro de tratamento arrogante e de sobranceria impróprias de quem quer um acordo para o Orçamento e pretende evitar uma crise política com recurso a eleições.
Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas no final do debate parlamentar quinzenal e momentos antes de ser recebido em São Bento para tentar um acordo em torno da viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025.
Segundo o secretário-geral do PS, ao longo do debate, "o primeiro-ministro não revelou sentido de Estado, falou com uma sobranceria e uma arrogância que é inaceitável".
"Essa atitude não é de alguém que queira um entendimento com o PS. Se um primeiro-ministro quer um entendimento com o PS, tem que respeitar o PS", declarou o secretário-geral dos socialistas, adiantando que o líder do executivo, antes de se encontrar consigo para procurar um entendimento, "tinha de fazer um debate noutro registo, com outro tom, não desta forma como se dirigiu" aos socialistas.
Perante os jornalistas, Pedro Nuno Santos repetiu a tese de que, "se não houver entendimento no fim" do processo negocial para o Orçamento do próximo ano, "a responsabilidade é do Governo".
"Não podemos estar sempre a olhar para o PS como se o Governo estivesse de facto interessado em evitar eleições [antecipadas]. Se o Governo está interessado em evitar eleições, não tratava desta forma, nem se relacionava da forma com que se tem relacionado com o PS", reforçou.
Pedro Nuno Santos aludiu depois à sua experiência como secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares entre 2015 e 2019.
"Fiz parte de um Governo que foi apoiado por três outros partidos (BE, PCP e PEV) que eram críticos da nossa governação, mas tivemos sempre muito respeito na forma como nós nos relacionámos e tratámos esses partidos, já que queríamos que viabilizassem o Orçamento. Isso não está a acontecer agora", assinalou.
O secretário-geral do PS repetiu que o PS já apresentou ao Governo as suas condições para viabilizar o Orçamento para 2025.
"Está nas mãos do Governo, e só depende do Governo neste momento. Se o Primeiro-Ministro quiser que haja Orçamento, há Orçamento. Se o primeiro-ministro não quiser que haja Orçamento, não haverá Orçamento", sustentou.
Pedro Nuno Santos procurou também assegurar que o PS não quer eleições antecipadas, "nem está à procura de eleições".
"Nem há uma decorrência direta no que diz respeito ao Orçamento de Estado. Estão a fazer essa ligação direta, mas essa ligação direta não existe. Só teremos eleições antecipadas, na realidade, se o Presidente da República ou o primeiro-ministro quiserem. E só não haverá Orçamento de Estado se o primeiro-ministro não quiser", insistiu.
Interrogado por várias vezes sobre o ambiente político que marcará reunião de hoje com o primeiro-ministro, em São Bento, o líder socialista apenas assinalou o seguinte: "Aquilo que aconteceu ao longo desta tarde é inaceitável em relação ao PS e em quem confia o seu voto no PS".
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