Marcelo alertou, contudo, para a importância do controlo orçamental.
1 / 3
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou esta sexta-feira que as finanças públicas saudáveis "não são um fim em si mesmo", mas antes "um fim ao serviço das pessoas".
"É evidente que todos sabemos que as finanças públicas não são um fim em si mesmo, são um fim ao serviço das pessoas, como toda a atividade económica, social e política", afirmou o Presidente da República, na sessão de abertura da conferência 'Investimento empresarial e o crescimento da economia portuguesa', que decorre esta tarde no auditório da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Marcelo alertou contudo para a importância do controlo orçamental: "a nossa experiência, nalguns casos amarga, demonstrou que se trata de uma realidade instrumental 'sine qua non', sem a qual outras virtualidades no domínio económico e social se tornam muito difíceis" ou mesmo "impossíveis".
"Nunca é demais recordar alguns dos progressos registados nos últimos anos e que fazem de Portugal um caso de sucesso na cena internacional", destacou Marcelo Rebelo de Sousa, referindo aspetos como o crescimento económico, que, "aferido pelo pela evolução do PIB [produto interno bruto], regista taxas que há muito não se verificavam, impulsionado pelas exportações e pelo investimento".
Mas "precisamos de crescer mais", exortou, sustentando que só "com a criação de riqueza podemos elevar a qualidade de vida a que muitas portuguesas e portugueses aspiram".
O desemprego, "depois de ter atingido níveis historicamente muito elevados", regista hoje "valores relativamente baixos" e "mantém a tendência descendente, sendo necessário recuar quase 14 anos" para encontrar taxas inferiores às atuais.
Também "o desequilíbrio externo foi parcialmente corrigido", passando de uma situação de "défice crónico" e "muito elevado" para, "nalgumas das suas dimensões, excedente nas contas externas e sobretudo progressiva e desejável diminuição do endividamento público".
O Programa de Estabilidade, "apresentado [pelo Governo] este mês, a cumprir-se prevê um excedente nas consta públicas em 2020, no seguimento de uma redução contínua do défice orçamental para valores nunca verificados no período democrático", sublinhou ainda o chefe de Estado, considerando que se trata de um "percurso iniciado há quase oito anos, com o anterior Governo, e prosseguido, de modo determinado e muito consequente pelo atual [Governo]".
Paralelamente, reconheceu, "a dívida pública, em percentagem do PIB, depois de um período de aumentos significativos, mantém a trajetória descendente, que deverá manter-se nos próximos anos".
Mas, sustentou, "as finanças públicas não são um fim em sim mesmo, são um fim ao serviço das pessoas".
A conferência 'Investimento empresarial e o crescimento da economia portuguesa' surge no contexto da conclusão de um estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores das universidades de Coimbra (UC) e do Minho (UM).
Além do Presidente da República, intervieram na sessão de abertura da conferência, no auditório da Faculdade de Economia de Coimbra, o reitor a UC, João Gabriel Silva, e o presidente do Conselho Geral da UC, João Carraça, para ler uma mensagem do presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, que não pode estar presente.
O estudo foi, depois, apresentado, por Fernando Alexandre, professor da UM, numa uma sessão moderada por Miguel Cadilhe, presidente do Conselho de Curadores da Universidade do Porto, com comentário de Pedro Ramos, docente da Faculdade de Economia da UC e membro do Conselho Económico e Social.
A conferência deverá terminar com um debate sobre o estudo que, com moderação de António Martins, professor da Faculdade de Economia da UC, contará com a participação de Gonçalo Quadros, fundador e presidente da Critical Software, de António Ricciulli, diretor do Grupo Schaeffler Portugal, e de Teresa Mendes, presidente da direção do Instituto Pedro Nunes.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.