Nuno Melo diz que o partido "está preparado para ir sozinho a votos há 49 anos".
O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, admitiu esta segunda-feira que o partido pode integrar uma coligação pré-eleitoral de direita nas próximas legislativas caso seja benéfico para o país, mas afirmou que não vai entrar em "pedinchice".
Em declarações aos jornalistas na sede nacional do partido, o líder centrista considerou que "a tarefa primeira de um partido de corpo inteiro é estar preparado para ir a votos por si e não viver angustiado com aquilo que pode fazer com os outros".
"A mim nunca me verá nem na pedinchice, nem a dizer que o CDS trabalha em estado de necessidade. Eu tenho muita confiança no CDS enquanto partido, nas pessoas que representam o CDS, onde seja, e, por isso, aquilo que possamos fazer com outros nunca será nem por favor nem porque vivemos angustiados com isso, só acontecerá se em algum momento for melhor para Portugal e interessar ao CDS, na certeza que o CDS não tem nenhum drama em, se assim tiver de ser, ir a votos sozinho", salientou.
O líder centrista indicou que ainda não existiram "contactos nenhuns" com o PSD, mas "o que tiver de acontecer, acontecerá", e reiterou que "haveria vantagem numa coligação pré-eleitoral" porque permitiria aproveitar mais votos, e também "por lucidez estratégica", porque o CDS-PP e o PSD já concorreram coligados a eleições nacionais, regionais e autárquicas.
Nuno Melo indicou, ainda assim, que o CDS-PP "está preparado para ir sozinho a votos há 49 anos" e "não vê nisso drama", e referiu que o seu "desígnio é preparar o partido para por si, com muita confiança", ir a votos e eleger deputados.
Quanto ao objetivo eleitoral para as eleições legislativas de 10 de março, o eurodeputado adiantou que passa por voltar a estar representado na Assembleia da República, "com tantos mandatos quantos aqueles que o povo português queira dar" ao CDS.
"Caso não consiga, é da vida, mas nós vamos conseguir", disse.
O CDS-PP juntou esta segunda-feira numa iniciativa que apelidou de "encontro de quadros" várias personalidades do partido, entre as quais o atual presidente e os ex-líderes Paulo Portas e Manuel Monteiro, o antigo secretário de Estado e atual vice-presidente do CDS, Paulo Núncio, o secretário-geral, Pedro Morais Soares, o conselheiro de Estado António Lobo Xavier, ou os antigos deputados Cecília Meireles, Nuno Magalhães, Isabel Galriça Neto, Ana Rita Bessa, Hélder Amaral e João Almeida.
Nesta reunião, que decorreu na sede nacional do CDS-PP, em Lisboa, participaram também Adolfo Mesquita Nunes e Francisco Mendes da Silva, que se desfiliaram do partido em 2021.
"O que hoje temos aqui é uma reunião com mais de 40 pessoas, muitas delas muito conhecidas, que ajudam o CDS a pensar sobre aquilo que deve ser este ciclo, os temas que são não apenas da ordem do dia mas que têm que ver com o CDS, a estratégia, mas principalmente nesse sinal que é de união de todos aqueles que, tendo no CDS um bem maior, não ficam em casa e se esforçam para que o CDS volte ao parlamento", afirmou Nuno Melo.
O presidente do CDS-PP disse estar "agradecido pela quantidade, qualidade e relevância das pessoas" que se deslocaram ao Largo do Caldas porque "acrescentam muito", têm "muito pensamento político, estratégico e provas dadas", e salientou que esta iniciativa "não é um exercício cénico".
"O que o CDS mostra aqui hoje, muitos outros partidos não têm para mostrar", afirmou, destacando que "o CDS mostra-se como um partido com muita qualidade nas pessoas, com experiência, previsível, um partido que é de uma direita moderada, com preocupações sociais, com valores, e tudo isto é um património que tem mais de 48 anos, um partido que não nasceu ontem, um partido que continua a fazer muita falta a Portugal".
Na próxima quarta-feira a iniciativa volta a repetir-se, estando previstas as presenças da antiga líder Assunção Cristas, o antigo ministro Luís Pedro Mota Soares, o ex-líder parlamentar Telmo Correia, entre outros.
Nuno Melo indicou que os ex-líderes Francisco Rodrigues dos Santos e José Ribeiro e Castro foram convidados, mas não estiveram presentes por "razões pessoais".
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