José Manuel Bolieiro frisou ainda que "as questões dos Açores resolvem-se nos Açores".
O presidente do Governo açoriano alertou esta quinta-feira que "as questões dos Açores resolvem-se nos Açores", assegurando que fez tudo para "garantir a estabilidade política", incluindo falar com o deputado regional do Chega para construir "um denominador comum".
"Tudo fiz para garantir a estabilidade política e uma boa governação para os Açores. Caso não seja possível, o povo é sempre soberano e as eleições são o melhor instrumento para que a verdade do povo tome a opção que entender. Tenho a convicção de que fiz tudo. A partir daí, cada um fala por si", disse o social-democrata José Manuel Bolieiro em Ponta Delgada.
O chefe do executivo açoriano falava a propósito do apelo do líder nacional do Chega para o seu deputado único retirar o apoio parlamentar ao Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), em véspera de debate e votação do Orçamento Regional.
Em declarações aos jornalistas após receber, em audiência, Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, Bolieiro frisou que "as questões dos Açores resolvem-se nos Açores" e revelou que tem falado com o deputado do Chega, José Pacheco, tendo feito o mesmo "com todos, relativamente às referências para a construção de um denominador comum, sólido e que beneficie o interesse dos Açores".
"Não posso ir além falando pelos outros", frisou, perante a insistência dos jornalistas sobre uma aparente confiança na viabilização do Orçamento Regional, que começa a ser debatido no parlamento açoriano na segunda-feira.
"Fizemos o que tínhamos a fazer. A minha expetativa é que, das conversações que tenho desenvolvido com todos, assegurar que se consigam rever com realismo, sem fantasia, na versão final [do Orçamento]", justificou.
Bolieiro apontou ainda a "lealdade do diálogo" que tem mantido com os partidos, num "exercício de humildade democrática" para a confiança de que o Orçamento seja viabilizado.
"Entre a anteproposta [de Orçamento] e a proposta [entregue no parlamento regional] absorvemos todas as 'aportações' que foram possíveis, à luz da informação que tínhamos", observou.
Tal, não invalida, disse, "outras conversações que possam, como é tradição, estar em análise no próprio debate parlamentar".
"Há, no entanto, uma posição essencial: foi apresentado um documento que já aportou várias sugestões no sentido de ter um denominador comum à realidade das informações que tínhamos, para que haja um consenso", disse.
Por outro lado, "pode haver sempre apreciação e debate em especialidade e outras propostas".
"O trabalho que me competia fazer, na da defesa do interesse dos Açores e de auscultação -- esse trabalho eu fiz", vincou.
A Assembleia Legislativa Regional dos Açores é composta por 57 eleitos e a coligação de direita do Governo -- que representa 26 deputados - precisa de mais três parlamentares para ter maioria absoluta.
A coligação assinou um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD com a Iniciativa Liberal.
O Chega elegeu dois deputados nas eleições legislativas de 2020, mas um deles -- Carlos Furtado -- passou a independente após ter perdido, em julho, a confiança política do líder nacional do partido.
O parlamento açoriano conta ainda com mais 28 deputados: 25 deputados do PS, que já anunciou o voto contra, dois do BE, que admitiu votar contra, e um do PAN, que aguarda validação da comissão política local para votar contra.
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