Eurico Brilhante Dias assegurou que o partido "é uma oposição firme e alternativa" ao executivo.
O líder parlamentar do PS acusou esta segunda-feira o primeiro-ministro de normalizar a extrema-direita e de escolher o Chega como parceiro preferencial de governação, defendendo que "é difícil dialogar com quem não quer conversar no quadro democrático".
Eurico Brilhante Dias defendeu estas ideias em declarações aos jornalistas no parlamento, depois da entrevista de Luís Montenegro à Antena 1 na qual se manifestou surpreso com a ameaça do PS de romper com o Governo e considerou que o Chega "está a começar a mostrar" maior responsabilidade.
"Esta entrevista é mais um passo nesse sentido, é um passo no sentido de escolher, é uma escolha feita pelo senhor primeiro-ministro, escolher a extrema-direita como parceiro preferencial na governação do país", apontou o socialista.
Segundo Eurico Brilhante Dias, o PS "está disponível para um diálogo democrático", mas "não participará numa implementação e numa normalização de uma agenda que é nociva" para o país e para os portugueses.
"O Governo, infelizmente, escolheu ser radical e construir um bloco radical à direita. É difícil falar, é difícil dialogar com quem não quer conversar no quadro democrático", lamentou.
Na perspetiva do líder parlamentar do PS, esta entrevista é "mais um passo na normalização da extrema-direita" e das suas ideias.
"O PS serve o país, quer na oposição, quer no Governo, e serve o país resolvendo problemas", assegurou.
Perante problemas nas urgências hospitalares, na compra de serviços de meios aéreos para a emergência médica ou nos preços das casas, Eurico Brilhante Dias considerou que o primeiro-ministro "aliou-se à agenda da extrema-direita" e criou "um bloco radical de direita".
"Escolheu o seu parceiro, escolheu o seu parceiro preferencial, tomou a agenda da extrema-direita e continua sem resolver os problemas essenciais dos portugueses", acusou.
O dirigente do PS assegurou que o partido "é uma oposição firme e alternativa" e "tem uma agenda positiva, de solução, moderada, de centro, credível", referindo que o líder socialista "mostrou abertura para, na oposição, ser a oposição que garante a normalidade democrática e as soluções moderadas".
"O PS serve o país e disse desde o primeiro dia que estava disponível para garantir que o Governo não se entregava nos braços da extrema-direita para sobreviver. Por isso fez propostas na área da defesa, fez propostas na área da coordenação da emergência médica, ainda hoje faz uma proposta na área do crédito à habitação, em particular para pessoas com deficiência e familiares de pessoas com deficiência", elencou.
Em entrevista ao programa "Política com Assinatura" da Antena 1, Luís Montenegro voltou a dizer que não tem um parceiro preferencial ou exclusivo para diálogo, considerou que o partido liderado por André Ventura "está normalizado" há muito tempo e apelou ao PS para que mostre "humildade democrática neste novo tempo político".
"Nós estamos no primeiro mês da legislatura, esta semana o PS ameaçou uma rutura com o governo. Mas alguém percebe uma dramatização, uma radicalização destas no PS, até contrária à linha política que era mais expectável hoje da atual liderança? Eu próprio fico assim um bocadinho surpreso", afirmou, admitindo que também já passou por "momentos muito difíceis" dentro do seu partido.
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