José Luís Carneiro nega que a reforma do sistema politico e eleitoral seja prioritária.
O secretário-geral adjunto do Partido Socialista (PS) acusou esta sexta-feira o PSD de não compreender as necessidades do país e apontou que a principal prioridade é "erradicar a pandemia" e não a reforma do sistema politico e eleitoral.
"A grande prioridade neste momento é sermos capazes de erradicar esta pandemia e recuperar as condições de vida, económica e social, das pessoas no país", referiu José Luís Carneiro durante a apresentação da candidatura de Nuno Moita a presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra.
Num discurso dirigido ao "maior partido da oposição", o dirigente socialista apontou que se os sociais-democratas fossem "capazes de compreender as necessidades do país não estavam com propostas como as que apresentarem agora para a reforma do sistema político e eleitoral".
"Sabemos que é importante naturalmente olhar para o modo como podemos adequar o sistema politico e o sistema eleitoral para as autarquias locais ou Assembleia da República (...) mas sendo importante esse tema, não é neste momento o tema de maior prioridade para a vida das pessoas", sustentou.
José Luís Carneiro salientou que os portugueses "continuam, nas comunidades locais e no país, a confiar nos autarcas e responsáveis políticos do PS" porque o partido "procura dialogar com as pessoas".
"Se o maior partido da oposição fizesse o mesmo que o PS, nesta altura teria como principais prioridades contribuir para que sejamos capazes todos, como comunidade nacional, de encontrar formas de erradicar esta pandemia", atirou.
"Procuraria estar ao lado dos esforços do Serviço Nacional de Saúde e profissionais de saúde para vencerem este desafio pandémico, estaria ao lado dos profissionais da educação e do Governo para conseguirmos combater as perdas de aprendizagem", acrescentou, referindo ainda que a oposição devia preocupar-se "em saber como é necessário agora contar com as autarquias para procurar garantir candidaturas e aproveitar os recursos fundamentais que chegarão de Bruxelas para modernizar o Estado e sociedade".
O PSD propôs hoje o aumento dos círculos eleitorais nacionais de 20 para 30, com divisão dos maiores, e a introdução de um círculo de compensação, a par da redução de deputados para 215, defendendo "não afetar a proporcionalidade".
O documento com as linhas gerais da reforma do sistema eleitoral do PSD, hoje apresentadas pelo presidente, Rui Rio, e pelo vice-presidente David Justino em Pedrógão Grande (Leiria), foca-se na eleição dos deputados para a Assembleia da República.
Na proposta do PSD, passam a existir 30 círculos eleitorais no território nacional que elegem um total de 176 deputados, a que se soma um círculo nacional de compensação que elegerá mais 34 deputados.
A estes, acrescem os atuais círculos da Europa (que passaria a eleger três deputados em vez dos atuais dois) e Fora da Europa (que mantém os dois), totalizando os 215 deputados defendidos pelo PSD como número máximo a fixar numa futura revisão da Constituição.
O presidente do PSD acusou hoje o primeiro-ministro, António Costa, de não aceitar ideias nenhumas por "não querer mudar nada", considerando que o atual "sistema gasto" é feito pelo Partido Socialista.
Rui Rio realçou que o sistema eleitoral não muda desde o 25 de Abril, pedindo ao primeiro-ministro "coragem" para continuar a dizer que o PSD não apresenta ideias.
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