Miguel Cabrita referiu que Álvaro Santos Pereira entrou "como super ministro" e acabou "remodelado a meio" do Governo PSD/CDS-PP.
O PS considerou, esta quinta-feira, que a substituição de Mário Centeno no Banco de Portugal foi "exclusivamente ditada por razões políticas" e referiu que Álvaro Santos Pereira entrou "como super ministro" e acabou "remodelado a meio" do Governo PSD/CDS-PP.
"Trata-se de uma substituição que é exclusivamente política, é exclusivamente ditada por razões políticas, uma vez que, como aliás foi dito, não estão em causa nem as condições, nem as competências, nem o desempenho do atual governador do Banco de Portugal, que aliás é uma pessoa que é um ativo do país e que prestigiou Portugal em todas as funções que desempenhou do ponto de vista público ao longo da sua carreira", disse o deputado do PS Miguel Cabrita, numa reação à escolha do novo governador do Banco de Portugal.
Afirmando que não queria "fazer comparações entre o anterior governador e o futuro governador do Banco de Portugal", Miguel Cabrita referiu que Álvaro Santos Pereira, que "merece o respeito" do PS, quando integrou o Governo de Passos Coelho, "foi uma pessoa que chegou com enorme expectativa".
"Como super ministro da Economia e do Trabalho, que foi perdendo competências ao longo do seu mandato, várias partes da sua pasta que lhe foram sendo retiradas e que acabou mesmo remodelado a meio do Governo da AD", apontou.
Sobre as questões da independência, o deputado do PS apontou que "Álvaro Santos Pereira será tão independente como Mário Centeno".
"Que eu saiba nenhum deles é militante de nenhum partido político, desempenharam funções públicas em diferentes tempos, de diferentes naturezas, com uma diferença muito importante, em particular quando falamos da função de regulação que está presente no que diz respeito ao Banco de Portugal", referiu.
O economista Álvaro Santos Pereira foi, esta quinta-feira, escolhido para governador do Banco de Portugal (BdP), sucedendo no cargo a Mário Centeno, anunciou o Governo.
A indicação foi tomada na reunião desta quinta-feira do Conselho de Ministros e anunciada no final, em conferência de imprensa, pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, António Leitão Amaro, que justificou a mudança por ser uma "melhor escolha" do que a recondução do ex-ministro das Finanças.
Álvaro Santos Pereira foi ministro da Economia e do Emprego de 2011 a 2013, no governo de Pedro Passos Coelho (PSD/CDS-PP), e é atualmente o economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Leitão Amaro defendeu, esta quinta-feira, a "independência política" de Álvaro Santos Pereira, distinguindo a sua experiência governativa de há uma década da passagem direta de Mário Centeno de ministro das Finanças para governador do Banco de Portugal.
O ministro recusou ainda ter-se atrasado no processo de substituição de Mário Centeno e remeteu para o parlamento a responsabilidade pela data de entrada em funções do futuro governador do Banco de Portugal.
Já questionado se o Governo informou, como foi habitual no passado, os partidos da oposição sobre esta escolha, Leitão Amaro não respondeu.
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