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PS Madeira destaca "particular gravidade" da investigação policial em curso

Paulo Cafôfo pede "cabal esclarecimento da verdade".

24 de janeiro de 2024 às 13:48

O PS Madeira expressou esta quarta-feira "grande preocupação" pelas buscas policiais em curso que visam o Governo Regional e a Câmara do Funchal, considerando que "assumem particular gravidade".

"As suspeitas levantadas assumem particular gravidade, pelo que a Madeira e os madeirenses exigem um cabal esclarecimento da verdade", afirma o líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, citado numa nota enviada pelo partido.

O líder dos socialistas madeirenses indica ainda que aguarda "o decurso da investigação", confiante de que "a justiça apurará a verdade dos factos".

"É com grande preocupação que assistimos às buscas em curso que visam o presidente do Governo Regional e o presidente da Câmara Municipal do Funchal", lê-se na mesma nota.

A Polícia Judiciária (PJ) está a efetuar cerca de 100 buscas na Madeira, nos Açores e em várias regiões do continente, por suspeita de crimes de corrupção, participação económica em negócio, prevaricação e abuso de poder, entre outros, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

A mesma fonte indicou que as buscas na Madeira estão a decorrer "em várias áreas do Governo da Madeira e empresas".

A Câmara Municipal do Funchal (PSD/CDS-PP), presidida por Pedro Calado (PSD), confirmou de manhã que foi alvo de buscas da PJ.

A mesma fonte adiantou que as buscas que decorrem em várias regiões do continente são essencialmente em empresas.

Questionada sobre se já há detidos nesta operação, a mesma fonte indicou que "ainda não".

O presidente do executivo madeirense (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque (PSD), acompanhou as buscas à sua residência, constatou a Lusa no local, e cancelou a agenda pública.

A Lusa constatou ainda que o líder do Governo Regional saiu pelas 12h00 da sua residência e dirigiu-se para a Presidência do Governo Regional, na Quinta Vigia, no Funchal.

Também o Partido Trabalhista Português (PTP), através da sua deputada municipal Raquel Coelho, emitiu um comunicado, argumentando que a operação da Polícia Judiciária deu razão ao partido.

"Foram precisos anos, mas o tempo veio dar-nos razão", diz Raquel Coelho, alegando que os casos agora investigados remontam a 2017, altura em que os deputados do PTP na Assembleia Legislativa da Madeira "tinham denunciado e pedido uma investigação do Ministério Público" sobre o assunto, mas que "nada foi feito".

O partido ADN (Alternativa Democrática Nacional), também em comunicado, defendeu que perante este cenário, e no "âmbito de suspeitas de crimes de corrupção, prevaricação e participação económica em negócios", os visados devem "apresentar demissão imediata e convocar eleições antecipadas".

O coordenador da ADN no arquipélago, Miguel Pita, reitera que "este problema de corrupção na política, como se pode ver, é transversal a todo o território nacional e não apenas à Região Autónoma da Madeira" e considera que, "perante os indícios, o Governo não tem mais condições para se manter"

"Alguém acredita que os únicos suspeitos serão Miguel Albuquerque e Pedro Calado", lê-se ainda na mesma nota.

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