Tema que marca a a contestação dos docentes esteve esta terça-feira em debate durante a reunião plenária da Assembleia da República.
Vários partidos defenderam esta terça-feira no parlamento a recuperação do tempo de serviço dos professores, numa discussão em que o PS ficou isolado, mas com trocas de acusações de hipocrisia entre direita e esquerda.
O tema que marca a contestação dos professores desde o final do ano passado esteve esta terça-feira em debate durante a reunião plenária da Assembleia da República, com várias iniciativas pela valorização da carreira docente, incluindo um projeto de lei do Bloco de Esquerda (BE) pela recuperação integral do tempo de serviço.
"É essencial para valorizar a carreira dos professores", sublinhou a deputada Joana Mortágua, enquanto apresentava a proposta do BE que pretende a recuperação faseada, até 2026, dos 2.393 dias ainda por contabilizar.
Aquela que é também uma reivindicação dos docentes tem sido, no entanto, afastada pelo Governo e, na segunda-feira, o primeiro-ministro reafirmou que o custo seria "insustentável para o país". Joana Mortágua atacou, por isso, a posição dos socialistas, mas lançou farpas também ao PSD.
"Se há uns anos PS e PSD se juntaram para dizer que nada disto valia nada, esta terça-feira caíram todas as máscaras", afirmou, acusando os sociais-democratas, que em 2019 chumbaram, ao lado do PS, a recuperação integral do tempo de serviço, de estarem "afogados na sua pequena hipocrisia".
Isto porque no sábado o presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou que o partido vai propor o pagamento faseado por cinco anos do tempo de serviço dos professores, atribuindo 20% em cada ano.
Na mesma linha, também o PCP, que levou ao debate um projeto de resolução pela valorização dos docentes e não docentes, recordou a "bem conhecida cambalhota do PSD em 2019" e, pela voz de Alfredo Maia, afirmou: "Temos hoje mais uma oportunidade para tomar as medidas certas. Será desta vez?"
"É, de facto, uma causa justa, mas já era em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021", respondeu o deputado António Cunha, do PSD, devolvendo a acusação de hipocrisia ao BE e ao PCP "por terem feito parte da solução governativa e nunca terem colocado a recuperação do tempo de serviço como condição inequívoca para sustentar o governo de António Costa".
Por outro lado, António Cunha considerou ainda o Governo "incompetente para negociar de forma clara, honesta e aberta com os professores" e afirmou que "o PS e a geringonça são os grandes responsáveis pelo estado em que chegou a escola pública".
Pelo PS, Lúcia Araújo citou um conjunto de medidas para o setor desde 2015 para argumentar que o partido tem contribuído para a valorização da careira docente e afastou as iniciativas em debate, recordando, em alternativa, os mecanismos recentemente aprovados, de aceleração da progressão na carreira.
Também com projetos de resolução apresentados, o deputado único do Livre, Rui Tavares, apontou igualmente o dedo ao PSD, afirmando que "os anos que (o partido) demorou a chegar a uma proposta são quase tantos como o tempo de serviço que está por recuperar".
Inês de Sousa Real, do PAN, defendeu a revisão do novo regime de gestão e recrutamento de docentes, que considera injusto em alguns aspetos, enquanto Carla Castro, da Iniciativa Liberal, sublinhou a necessidade de reformas estruturais no setor.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.