Hugo Soares falava no encerramento do debate do Programa do Governo na Assembleia da República.
O líder parlamentar do PSD confrontou esta quarta-feira o discurso do presidente do Chega contra "tachos" políticos, que incluiu o Conselho da Europa, com a existência de deputados deste partido em lugares externos por designação do parlamento.
Hugo Soares falava no encerramento do debate do Programa do Governo na Assembleia da República e esta sua referência "às contradições" de André Ventura levantou a bancada social-democrata e, em contraste, provocou ruidosos protestos por parte dos deputados do partido do Chega.
Antes, André Ventura tinha associado o Conselho da Europa a uma instituição que dá "tachos" políticos e que de nada serve contra a corrupção. Hugo Soares pegou logo nessas palavras para considerar que foram proferidas "ou por ignorância" ou constituem "mentira" deliberada.
"Ou quis mentir ou é por ignorância. As recomendações Greco, no âmbito do Conselho da Europa, avalia os Estados membros para verificar o cumprimento dos padrões anticorrupção", assinalou, já depois de ter caracterizado o anterior discurso de André Ventura como "um show de populismo".
Mas o presidente do Grupo Parlamentar do PSD foi mais longe na critica à atuação política de André Ventura, deixando-lhe uma pergunta: "Se o Conselho da Europa é assim tão mau, se não serve para nada e se o Chega combate tanto e tanto os tachos, qual a razão para o Chega ter deputados indicados precisamente nessa delegação do parlamento?"
Hugo Soares deixou então desafio de o Chega, para ser coerente, passar a não indicar deputados para as delegações externas do parlamento.
A intervenção do presidente do Grupo Parlamentar do PSD provocou também um pedido de defesa da honra do candidato a secretário-geral do PS, José Luís Carneiro.
Hugo Soares responsabilizou-o pelo fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e José Luís Carneiro apontou que essa medida foi concretizada em 2021 e que, no seu caso, apenas assumiu a pasta da Administração Interna em 2022.
"Vou dar de barato que não foi o pai da extinção do SEF. Mas, se não assume a extinção do SEF, terei todo o gosto em estendê-la a todo o PS", comentou o presidente da bancada do PSD.
No seu discurso, o líder parlamentar social-democrata procurou responder à questão sobre com quem vai governar o executivo PSD/CDS liderado por Luís Montenegro.
"Numa palavra, o Governo vai governar com os portugueses e eles não perdoarão a quem desperdiçar o seu esforço", declarou, numa advertência às outras forças políticas perante um cenário de instabilidade política.
Hugo Soares salientou que o Governo terá "total abertura" para quem pretender cooperar do ponto de vista político, mas avisou que também será "determinado" com quem tiver como objetivo bloquear.
Traçou igualmente uma linha de demarcação entre o PSD e as restantes forças políticas, começando por dizer que, enquanto o Chega faz do crime uma "arma de alarme", os sociais-democratas "saúdam a atuação das forças e serviços de segurança".
"Onde uns continuam em negação sobre o erro colossal que foi a criação da manifestação de interesse -- sim, estou a falar do PS -, nós corrigimos, regularizamos e humanizamos a imigração. Onde uns estão do lado da negação, nós do lado das soluções", sustentou.
Em relação à Iniciativa Liberal, disse: "Onde para uns tudo deve ser iniciativa privada, tudo é liberalismo, nós vemos a necessidade de um Estado forte que proteja os mais vulneráveis".
"Uns do lado da ideologia, nós do lado da realidade", acrescentou.
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