Executivo vai propor nos próximos dias a revisão da Lei da Nacionalidade. Primeiro-ministro anuncia mais 1500 polícias até ao fim do ano.
“Não estamos aqui para durar, gerir ou manter. Estamos aqui para dialogar, decidir e fazer”, sinalizou o primeiro-ministro, na apresentação do Programa do Governo. “Na política migratória, aprovaremos nos próximos dias uma proposta de revisão da Lei da Nacionalidade, uma proposta de alteração da Lei de Estrangeiros com implicações na limitação do acesso a reagrupamento familiar, na simplificação do processo de repatriamento de imigrantes ilegais e voltaremos a propor a criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na Polícia de Segurança Pública”, enumerou Luís Montenegro. No caso da Lei da Nacionalidade, o Governo defende “o alargamento do prazo para pedir a nacionalidade por naturalização” e “das situações em que pode haver a perda da nacionalidade” nos crimes mais graves.
Até ao fim do ano, “o Governo prevê o início de funções de 1500 elementos na GNR e PSP”. Já em matéria fiscal, vai avançar nas próximas semanas com a “redução de mais 500 milhões de euros no IRS já este ano, até ao oitavo escalão, beneficiando os rendimentos mais baixos, mas sobretudo a classe média”, disse Montenegro. A reforma do Estado é também uma das bandeiras do Executivo. “Não se trata de reduzir o Estado, mas de restaurar a sua eficácia e de lhe devolver a autoridade”, detalhou o primeiro-ministro. Em relação às alterações à lei da greve, outra das medidas do Programa, o Governo diz querer “conciliar o direito dos trabalhadores à greve com o direito dos outros trabalhadores a trabalhar”.
A intervenção do primeiro-ministro contou ainda com um aviso às oposições. “Este Governo está aqui para cumprir a legislatura de quatro anos. (...) A legislatura só não terá essa duração se os dois maiores partidos da oposição assumirem entre si uma coligação deliberada, ativa e cúmplice politicamente”, afirmou Montenegro.
E TAMBÉM
Chega elege para a mesa
Depois de terem falhado a primeira eleição, Pacheco Amorim e Filipe Melo, do Chega, foram eleitos para a Mesa da Assembleia da República: o primeiro como vice-presidente e o segundo como vice-secretário. Pacheco Amorim teve 145 votos a favor, 72 brancos e 12 nulos. Já Filipe Melo teve 126 votos a favor, 91 brancos e 12 nulos.
Fundo de emergência
A regulamentação do fundo de emergência para a habitação, proposto pelo Livre no orçamento de 2024, avançará em “poucas semanas”, disse Montenegro.
Crimes graves
O Governo vai entregar no Parlamento uma proposta para ter “julgamentos mais rápidos na criminalidade mais grave, desde que materializada e tendo ocorrido a sua detenção em flagrante delito”, referiu o primeiro-ministro.
PS quer despartidarizar cargos públicos
O PS quer discutir a “despartidarização da Administração Pública”, para combater a “tentativa de a colonizar com nomeações sem critério”, disse o deputado socialista José Luís Carneiro. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, interpretou estas palavras como “uma confissão” do PS, que “sabe tudo sobre partidarizar a Administração Pública”.
Chega defende criação de novo SEF
Rui Paulo Sousa reiterou a indisponibilidade do Chega para aprovar a criação de uma Unidade de Estrangeiros e Fronteiras sem o reforço de meios da PSP. “Se quiserem um novo SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras], estamos dispostos”, disse o deputado do Chega.
PORMENORES
Propinas
“O alargamento do IRS Jovem tem de ser equilibrado com outros benefícios”, disse o ministro Miranda Sarmento sobre o prémio salarial de devolução de propinas.
Imigrantes
“Continuamos a abrir as portas sem controlo, enquanto a casa arde”, disse o deputado do Chega Rui Paulo Sousa, insistindo na suspensão do reagrupamento familiar.
Ato de Fé
O deputado socialista António Mendonça Mendes considerou o Programa do Governo “um ato de fé” e disse ver Portugal “no fio da navalha” em termos orçamentais.
Concurso aberto
O deputado liberal Carlos Guimarães Pinto pediu ao Governo um “concurso aberto” para o próximo governador do Banco de Portugal.
Nacionalidade
Paulo Núncio, deputado do CDS, defendeu “critérios mais exigentes” na atribuição da nacionalidade portuguesa.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.