Ex-assessor de João Galamba revelou que o ministro quis mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito [CPI], omitindo informação relevante sobre o tema da TAP.
O PSD considerou esta sexta-feira que o ministro das Infraestruturas não tem condições para continuar em funções caso se confirme que quis omitir à comissão parlamentar de inquérito à TAP informação sobre uma reunião com a anterior presidente-executiva da companhia.
"Acabámos de saber pela voz do seu ex-assessor que o ministro quis mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito [CPI], omitindo informação relevante sobre o tema da TAP", afirmou o líder parlamentar do PSD, considerando que "isso é inaceitável no comportamento de um membro do Governo".
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Joaquim Miranda Sarmento afirmou que "se isso é de facto assim, não há condições para o ministro continuar no Governo", pois "cometeu um ato gravíssimo de querer mentir à CPI".
O social-democrata defendeu igualmente que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, "está politicamente muito diminuído pela mentira que quis fazer à CPI".
"E eu espero que o senhor primeiro-ministro - que sobre tudo isto que se tem passado na TAP recusa-se a falar, e portanto não tem neste momento a autoridade política que se exige a um primeiro-ministro - mostre um pouco dessa autoridade política e ponha por favor ordem na casa, ordem no Governo", apontou.
Miranda Sarmento criticou também as declarações do líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, esta sexta-feira de manhã, considerando que "fez acusações muito graves, muito sérias, relativamente aos ouros grupos parlamentares que compõem esta Assembleia da República, acusou os outros grupos parlamentares de violarem a lei e de passarem à comunicação social informação confidencial que tinha sido entregue à comissão parlamentar de inquérito da TAP".
"Hoje à tarde soubemos que o Governo apresentou queixa na PJ contra o agora ex-assessor do ministro das Infraestruturas exatamente porque suspeita de que a fuga de informação tenha vindo desse gabinete", indicou.
O líder parlamentar do PSD considerou que o líder da bancada socialista "tem a obrigação neste momento de esclarecer o parlamento e o país dos motivos que o levaram a fazer a declaração profundamente infeliz que fez de manhã e de pedir desculpa a todos os grupos parlamentares e a todos os deputados que representam o povo português nesta casa".
Sobre a reunião que juntou socialistas, Governo e Christine Ourmières-Widener antes de a anterior CEO da TAP ser ouvida no parlamento em janeiro, o deputado do PSD defendeu que o "presidente da Assembleia da República, que está muito preocupado, e bem, com o regular funcionamento desta casa, tem que também atuar neste comportamento inaceitável por parte do Grupo Parlamentar do PS e por parte do Governo".
"Confirmou-se aquilo que já era uma suspeita, de que houve de facto uma reunião entre o Grupo Parlamentar do PS e a então CEO da TAP nas vésperas de uma audição na Comissão de Economia e que essa reunião serviu para preparar as perguntas que o PS ia fazer e as respostas que a senhora então CEO da TAP ia dar. E isso é gravíssimo do ponto de vista da ética e do ponto de vista da condução dos trabalhos parlamentares", salientou Joaquim Miranda Sarmento.
O adjunto do Gabinete do ministro das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, foi exonerado na quarta-feira, por "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades" inerentes ao exercício das funções, confirmou esta sexta-feira à Lusa fonte oficial.
Numa nota divulgada esta tarde a alguns órgãos de comunicação, Frederico Pinheiro refere ter tirado notas da reunião entre o PS, assessores do Governo e a anterior presidente-executiva da TAP, um dia antes de ser ouvida no parlamento em janeiro, e que "ficou indicado que, em caso de requerimento pela Comissão Parlamentar de Inquérito, as notas não seriam partilhadas por serem um documento informal".
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