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PSD exige que Governo explique critérios para pagar dívidas dos hospitais

Partido da oposição lamenta "mais uma derrapagem dos prazos" para os pagamentos.

16 de fevereiro de 2018 às 17:41

O PSD quer que o ministro da Saúde explique se as dívidas dos hospitais aos fornecedores vão ser pagas por antiguidade, lamentando "mais uma derrapagem dos prazos" para os pagamentos.

Numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, o grupo parlamentar do PSD considera "da maior gravidade" o que entende como a derrapagem dos prazos de transferência de verbas para os hospitais pagarem a dívida a fornecedores, como indústria farmacêutica ou dispositivos.

"O ministro da Saúde comprometeu-se a transferir para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) um total de 900 milhões de euros até 31 de dezembro de 2017 e mais 500 milhões de euros no início de 2018", recorda o PSD.

O grupo parlamentar indica que até final do ano passado "apenas foi transferida uma parcela dos montantes a que o Governo se tinha comprometido" e que hoje se soube que "o executivo terá proibido os hospitais para os quais transferiu verbas no início deste ano de movimento o dinheiro até novas instruções".

Hoje, o ministro da Saúde garantiu que o dinheiro para pagamento de dívidas já está nos hospitais e que está "a ser finalizado o processo de definição dos pagamentos". Segundo disse aos jornalistas, está-se neste momento no processo de "categorizar os fornecedores" e "dentro de dias será feita a liquidação de faturas".

Perante esta afirmação, o PSD diz que o Governo insinua que pode adotar outro critério para pagamento das dívidas diferente do critério da antiguidade.

O grupo parlamentar social-democrata pede ao ministro da Saúde que esclareça o que significa a categorização dos fornecedores e que indique qual foi até hoje o exato montante das transferências efetuadas para os hospitais no âmbito do plano de redução da dívida que tinha sido anunciado em novembro.

O PSD aproveita também para frisar que a dívida total do SNS a fornecedores aumentou 37,1% entre novembro de 2015 e novembro de 2017, sendo que a dívida vencida cresceu 63 por cento.

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