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PSD, IL e PAN criticam indicação de Mário Centeno para o cargo de primeiro-ministro

Líderes das bancadas parlamentares reuniram-se esta sexta-feira.

10 de novembro de 2023 às 15:32

Os líderes das bancadas parlamentares reuniram-se na manhã desta sexta-feira. No final da Conferência de Líderes, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, anunciou que o calendário do Orçamento do Estado para 2024 mantém-se inalterado. 

O PSD, a Iniciativa Liberal e o PAN criticaram o facto de o primeiro-ministro ter proposto ao Presidente da República o nome de Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, para o substituir na chefia do Governo. 

Da Conferência, resultou a ideia de não aprovar matérias que não reúnam consenso até ao final desta legislatura, mas os partidos de direita manifestaram apreensão com aquilo que o Governo possa vir a fazer. 

Na quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março de 2024. A investigação sobre os projetos de lítio e hidrogénio verde levaram na terça-feira ao pedido de demissão de António Costa, após o Ministério Público revelar que o primeiro-ministro é alvo de uma investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça.

Partido Socialista (PS)

Em resposta a críticas da oposição, o deputado vincou que "nunca uma maioria aprovou tantas propostas de outros partidos" e que "qualquer português responsável aceitaria" o que António Costa propôs a Mário Centeno, caso o Presidente da República desse aval à solução.

Partido Social-Democrata (PSD)

O líder parlamentar do PSD disse esperar que "a maioria absoluta não aprove matérias que não sejam consensuais", de acordo com "o espírito desta Conferência de Líderes". Joaquim Miranda Sarmento deu conta da disponibilidade do partido para "dialogar com o PS" sobre o Orçamento do Estado. Em sentido inverso, considerou que "não há tempo para concluir o processo de Revisão Constitucional, até porque o PS mudará de líder em dezembro".

A propósito da indicação de Mário Centeno para o cargo de primeiro-ministro, o deputado social-democrata criticou a iniciativa de António Costa junto do Presidente da República. "Esta é mais uma demonstração da falta de independência do Banco de Portugal. O governador Mário Centeno não é independente do poder político e integra a teia socialista", atirou.

Chega

O partido concordou com o fim dos debates quinzenais, mas pediu que "a eleição da nova juíza do Tribunal Constitucional não seja feita a 14 de dezembro". Pedro Pinto referiu que "adiar o assunto para a próxima legislatura é o que faz sentido".

Iniciativa Liberal (IL)

Rodrigo Saraiva juntou-se às críticas à indicação de Mário Centeno para o lugar de chefe do Executivo. "O PS acha-se dono disto tudo", declarou.

Pessoas Animais e Natureza (PAN)

Sobre a iniciativa de António Costa de indicar o nome de Mário Centeno para lhe suceder no cargo de primeiro-ministro, a deputada apontou as "portas giratórias" existentes entre o Governo e outros setores da sociedade.

Livre

Rui Tavares acrescentou que, perante a atual conjuntura, "temos de confiar no bom senso do PS e do PSD" a propósito da Revisão Constitucional.

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