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PSD/Lisboa quer afastar Luís Newton da liderança na Assembleia Municipal

Deputado Carlos Reis pediu a convocação de eleições para a direção da bancada dos sociais-democratas.

24 de fevereiro de 2025 às 22:25

O PSD/Lisboa pretende afastar o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, acusado de 10 crimes na “Operação Tutti-Fruti”, da liderança dos deputados municipais, em Lisboa. Num email enviado, esta segunda-feira, para a bancada social-democrata na Assembleia Municipal de Lisboa, o deputado Carlos Reis pediu a convocação de eleições para a direção.

No texto, Carlos Reis invoca o Regulamento Interno da bancada do PSD para pedir novas eleições, já que o próprio Luís Newton se encontra como líder interino há 15 meses. Porém, até hoje, ninguém levantou qualquer problema.

A acusação no processo “Tutti-Fruti” fez o deputado avançar, “devidamente articulado com a direção nacional do partido e com Carlos Moedas”, segundo uma fonte social-democrata. Num ano de eleições autárquicas, o PSD está a tentar afastar os acusados por corrupção de cargos politicamente importantes.

Luís Newton, recorde-se, suspendeu o mandato como deputado na Assembleia da República, mas manteve-se com o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, precisamente o cargo pelo qual lhe foram imputados crimes de corrupção. Uma vez que também é líder da concelhia do PSD, a direção nacional do partido acabou por evocar o processo de escolha dos candidatos autárquicos no concelho de Lisboa, retirando-lhe, dessa forma, o poder de indicação de qualquer nome.

Luís Newton, o autarca da Junta de Freguesia da Estrela é acusado da coautoria de quatro crimes de prevaricação e um de corrupção passiva, e da coautoria de quatro de corrupção passiva (um agravado) e um de prevaricação.

No início do mês, o Ministério Público deduziu acusação contra 60 arguidos por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência.

Fernando Medina, antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, não foi acusado pelo Ministério Público, tendo este entendido que não foi possível deduzir que Fernando Medina tivesse atuado "com o propósito inequívoco" de beneficiar outros arguidos.

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