Presidente da IL criticou Luís Montenegro, considerando que "não cabe ao Governo dizer aos jornalistas como devem ou como não devem exercer as suas funções".
O presidente da IL acusou esta terça-feira o primeiro-ministro de ter feito uma "intervenção perigosa" com o objetivo de "atacar a liberdade jornalística" e comparou-o com o líder do Chega, André Ventura.
Numa conferência de imprensa marcada para a sede do partido, em Lisboa, Rui Rocha criticou Luís Montenegro, considerando que "não cabe ao Governo dizer aos jornalistas como devem ou como não devem exercer as suas funções".
"Digo-o com o à vontade de quem, muitas vezes, vê peças jornalísticas, vê intervenções nas quais não se revê, mas isso é assim mesmo, é a liberdade jornalística e a liberdade de imprensa que se impõe", acrescentou.
Rui Rocha lamentou também que Montenegro tenha caracterizado as redes sociais como "inimigas da democracia" e da comunicação social, considerando que esse tipo de declarações são uma forma de "ataque à liberdade de expressão".
O líder dos liberais comparou ainda essas afirmações às de André Ventura, em 2020, quando garantiu que, se o Chega vencesse as eleições, a então rede social 'Twitter' deixaria de "ser a bandalheira que é".
Rui Rocha considerou não haver "nenhum problema" com a utilização auriculares durante o exercício da profissão de jornalista, numa referência às palavras do primeiro-ministro, que lamentou ver jornalistas com "um auricular no qual lhe estão a soprar a pergunta que devem fazer".
Estas declarações surgem depois de o primeiro-ministro afirmar esta terça-feira que pretende em Portugal um jornalismo livre, sem intromissão de poderes, sustentável do ponto de vista financeiro, mas mais tranquilo, menos ofegante, com garantias de qualidade e sem perguntas sopradas.
"Digo-vos isto preocupado com as garantias de qualidade naquilo que é o exercício de uma profissão efetivamente muito relevante", declarou Luís Montenegro no final da intervenção com cerca de 30 minutos, feita de improviso, na abertura da conferência sobre "O futuro dos media", em Lisboa.
Sobre as medidas dirigidas à RTP, Rui Rocha reiterou a proposta da IL para privatizar o canal de televisão e lamentou que o Governo faça o "caminho oposto" a essa privatização ao "retirar a RTP do mercado concorrencial".
Para Rui Rocha, o conjunto de medidas anunciado mantém "uma RTP pública, mas enfraquecida", ao ficar dependente das contribuições audiovisuais, e será prejudicial para todo o setor da comunicação social a médio e longo prazo.
O líder dos liberais esclareceu que o facto de as empresas privadas de comunicação social terem elogiado as medidas não demove o partido de "defender as condições concorrenciais" deste setor, afirmando que a IL "gosta muito de uma iniciativa privada forte, mas com concorrência".
Com estas medidas, disse Rui Rocha, a RTP ficará mais "dependente do poder político" e da sua "boa vontade".
O Governo apresentou esta terça-feira o Plano de Ação para a Comunicação Social, no qual prevê a eliminação gradual da publicidade comercial na RTP até 2027, a compensar com "espaços de promoção de eventos e iniciativas culturais", é a maior novidade do plano, onde se prevê igualmente a revisão do contrato de concessão do serviço público, a fim de "modernizar" e "diferenciar" a televisão do Estado dos outros canais.
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