Socialista classificou o acontecimento como "espetáculo degradante".
O Secretário-Geral do PS, criticou, esta sexta-feira, o Governo e a Direção Nacional da PSP no âmbito da operação especial desenvolvida esta quinta-feira à tarde no Martim Moniz, em Lisboa. Pedro Nuno Santos classificou o acontecimento como "espetáculo degradante".
"Sinto-me triste, envergonhado enquanto político e revoltado com o Governo e Direção Nacional da PSP. A ação [policial] não tem que ver com a segurança, tem que ver com perceções. Precisamos de um Governo concentrado em dar resposta aos portugueses", afirmou o socialista.
Em declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos, considerou que as diligências fomentaram uma "cultura repressiva" ao sinalizarem "que devemos temer quem tem uma cor diferente da maioria ou de origem diferente da portuguesa". "Temos o Governo mais extremista das últimas décadas", frisou o político.
"O enredo mentiroso e falso do 'não é não' do primeiro-ministro tem levado a que elementos da extrema-direita estejam na agenda de Portugal", acrescentou.
Pedro Nuno Santos acusou o governo, em particular, o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro e o autarca de Lisboa, Carlos Moedas de alimentarem um clima de divisão e ódio, assim como a "cultura de uns contra os outros".
O líder do PS atirou ainda ao "enredo mentiroso e falso do `não é não´ do primeiro-ministro", insistindo nas críticas que tem feito nos últimos tempos de que o Governo tem incorporado a agenda da extrema-direita na sua ação. "Há um limite que foi ultrapassado", sintetizou, considerando que as declarações do primeiro-ministro "corroboram que há instrumentalização das forças de segurança".
A deputada do PS Isabel Moreira considerou, também, esta sexta-feira, que a forma como decorreu a operação policial no Martim Moniz é "inaceitável num regime democrático" e pediu a audição da ministra da Administração Interna e do diretor nacional da PSP.
No debate que decorre nesta manhã de sexta-feira no parlamento sobre a proposta do Governo que agrava a moldura penal das agressões a elementos das forças de segurança e outros agentes de serviços públicos, que conta com a presença da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o tema da operação policial de quinta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, foi trazido por partidos como o PS, o Chega, o BE, o PCP ou o CDS-PP.
Do púlpito, a deputada do PS Isabel Moreira defendeu que não se podia começar este debate sem falar desta operação da PSP "com o objetivo de aumentar o sentimento de segurança em locais tidos como de risco", recordando as palavras do primeiro-ministro sobre o tema.
"Todos pudemos ver imagens impensáveis em democracia. Um forte dispositivo policial encostou cidadãos a parede, revistando-os. Isto é inaceitável num regime democrático", criticou.
Perante "a gravidade dos acontecimentos" e "a negação do estado de direito", o PS já deu entrada de um requerimento para ouvir a ministra da Administração Interna e diretor nacional da PSP. "Para o PS, a segurança é de todos e de todas. Nunca contámos com extrema-direita para nada. Querem segurança de alguns, saúde para alguns, usufruir da liberdade para alguns", condenou, recusando a ideia de haver "cidadãos de primeira e outros de segunda".
Apesar das várias interpelações sobre o assunto, a ministra não abordou o tema da operação policial nem na sua intervenção inicial nem no encerramento do debate.
Foram detidas duas pessoas, apreendidos documentos, droga e o valor monetário superior a quatro mil euros.
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