Líder do Chega disse que prometeu ao primeiro-ministro "exigência muito firme em algumas matérias" que considera fundamentais e das quais o partido não quer abdicar.
O presidente do Chega afirmou esta quarta-feira que está a começar "um caminho de responsabilidade" e um "diálogo positivo" para o Orçamento do Estado do próximo ano, mas ainda não chegou a um acordo com o Governo.
"Estamos ainda muito longe da aprovação ou do chumbo, ou do que seja, do Orçamento de Estado. Acho que hoje, ao contrário de outros anos, está-se a começar um caminho de responsabilidade, e é esse ponto que eu quero frisar, porque para já não temos mais", disse.
Falando aos jornalistas após uma reunião com o primeiro-ministro na residência oficial, em São Bento, o líder do Chega disse que os dois não chegaram a um entendimento, mas também não era esse "o espírito desta reunião".
"Não era chegar-se a um acordo. Houve um primeiro diálogo, acho que o país pode tranquilizar-se de que este diálogo é positivo, que está a haver um esforço de parte a parte para haver uma construção positiva, e para já é isso que eu posso dizer, senão estaria a inventar", indicou, indicando que este processo está ainda "numa fase muito preliminar".
André Ventura disse que prometeu ao primeiro-ministro "exigência muito firme em algumas matérias" que considera fundamentais e das quais o partido não quer abdicar, como uma descida de impostos ou o "reforço de dotação em matéria de justiça, de segurança" ou "controlo de fronteiras".
"O primeiro-ministro mostrou abertura para continuarmos a conversar sobre isso", indicou, considerando que "agora há um caminho que tem que ser feito com responsabilidade e ver se os partidos chegam ou não a um entendimento" para evitar uma nova crise política.
O líder do Chega indicou que quer ver inscritas na proposta de orçamento para 2026 algumas bandeiras do Chega, como a descida do IRS, o "aumento do complemento solidário de idosos e da redução e do fim das portagens em algumas zonas do território", e avisou que estas medidas "não são negociáveis".
"O Chega, em caso algum, aceitará que o orçamento não consagre ou não dê expressão a medidas que já foram aprovadas, mesmo com o voto contra do PSD, como é o caso das pensões e do complemento solidário", avisou.
André Ventura voltou a recusar ser "muleta do Governo" e avisou que o partido não passará "cheques em branco".
Questionado se o Chega aceita que o Governo também dialogue com o PS, o líder do partido de extrema-direita disse que não faz "birras" e que não lhe cabe a si "dizer com quem é que o PSD deve ou não falar".
E considerou que a questão é saber se o executivo "segue aquilo que uma maioria de direita deu ao país, menos impostos, menos burocracia, combate à corrupção, ou segue aquilo que o PS fez durante sete anos, mais impostos, mais burocracia, mais carga fiscal, menos combate à corrupção".
"E acho que só há um caminho, não há caminhos intermédios, não se pode estar com o Deus e com o diabo ao mesmo tempo", apontou.
Ventura indicou também que agora serão marcadas mais reuniões em torno do Orçamento do Estado, algumas das quais "de natureza técnica".
Nesta declaração aos jornalistas, o presidente do Chega referiu também que na quinta-feira serão conhecidos os nomes do "governo-sombra" que anunciou que iria apresentar na sequência das eleições legislativas de maio.
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