Líder do Chega avisou que não vai assumir um discurso moderado na sua candidatura porque, parafraseando um versículo bíblico, "aos mornos, Deus vomita", e prefere "ser quem é".
O candidato presidencial André Ventura disse esta terça-feira que quer ser lembrado, caso seja eleito, como "herdeiro de Sá Carneiro", e atacou os adversários Marques Mendes e Gouveia e Melo.
Durante um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, num hotel em Lisboa, André Ventura foi questionado por um membro da assistência sobre como gostaria que a sua Presidência fosse lembrada nos livros de História, respondendo que quer ficar conhecido como "herdeiro de Francisco Sá Carneiro", antigo primeiro-ministro e fundador do PSD.
O candidato reconheceu que as ideias do histórico social-democrata eram diferentes das suas e frisou que o país de Sá Carneiro era outro, sem "pressão migratória" e o "conjunto de falcatruas" políticas que, considerou, se seguiram à sua morte, mas disse admirar a sua coragem para defender o que acreditava, nem que para isso tivesse de contrariar o próprio partido.
"O Sá Carneiro chegou a estar contra o seu próprio partido, por achar que o país ia no caminho errado (...). Daqui a 30 anos dirão que o André Ventura era, na altura, muito calmo e muito moderado. E outros dirão (...) que era o Chega, na altura, quem fazia a mossa e a revolução e a transição e a transformação. É neste sentido que estou a dizer", explicou.
No seu discurso, que antecedeu o período de perguntas e respostas, André Ventura avisou que não vai assumir um discurso moderado na sua candidatura porque, parafraseando um versículo bíblico, "aos mornos, Deus vomita", e prefere "ser quem é".
Daí, passou para as críticas aos principais opositores nestas eleições presidenciais, afirmando que sempre que Henrique Gouveia e Melo fala "adormece qualquer pessoa" e criticando as palavras desse opositor na defesa da não discriminação de pessoas por raças ou etnias.
O líder do Chega acrescentou que se é para "dizer que em Portugal somos todos iguais, sejam imigrantes ou não, tenham sido condenados por corrupção ou não, sejam de Bangladesh ou de Lisboa" não precisava de concorrer a Belém.
André Ventura considerou que as sondagens "mostram que o país quer uma alternativa que abane o país" e frisou "estar farto de políticos de plástico que dizem o que acham que as pessoas vão querer ouvir naquele momento".
Para Ventura, "ninguém no seu perfeito juízo pode dizer" que um imigrante e um português são a mesma coisa ao fim de dez anos - numa referência às palavras de Gouveia e Melo sobre essa matéria -, mas essa é uma posição que "agrada a gregos e troianos".
André Ventura falou também sobre a defesa de "todos os candidatos" de que a economia portuguesa tem de crescer para criticar Luís Marques Mendes.
"De que nos valem andar a dizer 'precisamos de crescer, precisamos de crescer' sem nenhuma ideia nova sobre o que é a economia?", questionou.
"Nós temos que ter coragem neste país. E a coragem é dizer isto: Nós temos um grupo de parasitas que vive à conta do nosso Estado há anos. O que é que temos que fazer? O que fazemos quando temos parasitas? Eu não sou médico, mas se alguém for médico sabe o que é que temos que fazer com os parasitas: matá-los. Nós temos que acabar com eles. Temos que estrangulá-los", acrescentou.
Ainda sobre Marques Mendes, Ventura considerou que "não faz nenhum sentido" algum eleitor optar por votar no antigo presidente do PSD por querer ver o líder do Chega como primeiro-ministro.
Para Ventura, Marques Mendes é o "pior representante do que o sistema tem" e não irá aceitar que o Chega seja Governo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.