Pai assassino processa polícias

João Barata matou filho bebé. Henrique tinha cinco meses.

07 de março de 2016 às 08:54
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Durante a detenção feita pela PSP – após ter assassinado o filho bebé, em abril do ano passado, em Linda-a-Velha, Oeiras – João Barata partiu uma perna. Os polícias que o prenderam chegaram a ser questionados sobre o assunto durante o julgamento de homicídio que agora decorre no Tribunal de Cascais, mas todos foram unânimes em dizer que não se aperceberam que João Barata tivesse partido a perna durante a detenção.

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A defesa do homicida instaurou um processo-crime para saber qual dos agentes provocou a fratura. Ainda não é conhecido o resultado do processo. João Barata, recorde-se, matou o filho Henrique, de cinco meses, com uma facada no coração. Depois, saiu de casa e dirigiu-se a uma pastelaria, onde ingeriu bebidas alcoólicas. No regresso a casa e após ter sido dado o alerta, João Barata é apanhado por três agentes. E foi nesse momento que terá partido a perna.

A detenção aconteceu a meio da tarde. João Barata acabou por ser levado ao hospital à meia-noite. Aníbal Pinto, advogado de defesa, entende que os agentes envolvidos têm de ser responsabilizados.

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João Barata – em preventiva no estabelecimento prisional de Lisboa – está acusado de homicídio qualificado, explosão, incêndio e tráfico de estupefacientes. Na primeira sessão de julgamento não quis falar aos jurados. A defesa diz que vai fazer tudo para provar a inocência do seu cliente. "Só quero que não restem dúvidas se foi mesmo ele", refere Aníbal Pinton.

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