Menor é forçada a prostituir-se no Porto
Vítima foi enganada no Facebook.
Seduzida por um homem no Facebook, uma menor, de 16 anos, decidiu fugir de uma instituição de Gondomar, em agosto de 2014. O ‘namorado virtual’ desapareceu, deixando a menor nas ruas do Porto, sem dinheiro e com fome.
A rapariga acabou por conhecer um casal que a levou para a pensão Sereia, onde foi forçada a prostituir-se. Este casal, o dono da residencial onde as prostitutas trabalhavam, o filho deste e um outro homem estão a ser julgados no Tribunal de S. João Novo, por lenocínio.
"Todas sabíamos que ela era menor de idade desde o primeiro dia que ela foi para lá", disse esta quarta-feira ao coletivo de juízes uma prostituta que trabalhava, em 2014, na pensão Sereia.
O Ministério Público diz que os cinco arguidos sabiam da idade da vítima, mas várias testemunhas relataram em audiência que a menor garantia ter 18 anos.
O processo já está numa fase final, mas os juízes querem ouvir ainda a vítima - que estará a viver em França com um namorado -, assim como os dois agentes da PSP que, em abril de 2015, a resgataram da prostituição. Refere o processo que a vítima tinha que angariar clientes a troco de 25 ou 30 euros - e que o dono da pensão recebia cinco euros por cada homem com quem a menor mantinha relações sexuais.
A menina ganhava cerca de 500 euros por dia, valor que era todo entregue ao casal que a obrigava a manter aquela vida.
O processo refere ainda que a menor se apaixonou pelo filho do dono da pensão Sereia, mas que este a ameaçava de morte para continuar a prostituir-se.
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