Presidente da Câmara de Pedrógão Grande afasta possibilidade de fraude na reconstrução de casas

Autarquia avançou em declarações que fundo "não deu dinheiro a ninguém".

11 de setembro de 2018 às 09:00
Reconstrução de casas em Pedrógão Grande Foto: Lusa/ Paulo Cunha
Uma das casas sob suspeita, situada próximo do IC8, na freguesia da Graça, em Pedrógão Grande Foto: Pedro Brutt Pacheco
Reconstrução de casas sob suspeita na zona de Pedrógão Grande Foto: Pedro Brutt Pacheco
Reconstrução de casas sob suspeita na zona de Pedrógão Grande Foto: Pedro Brutt Pacheco
Reconstrução de casas sob suspeita na zona de Pedrógão Grande Foto: Pedro Brutt Pacheco
Recuperação de casas em Pedrógão Grande Foto: Lusa
Recuperação de casas em Pedrógão Grande Foto: Lusa

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O presidente da câmara de Pedrógão Grande afirmou esta segunda-feira que "não há irregularidades, de certeza absoluta", no processo de reconstrução de Pedrógão Grande.

Segundo Valdemar Alves, "não houve desvios nenhuns, nem podia haver, porque a câmara não é detentora de fundos para a reconstrução das casas".

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Segundo o edil, que falou aos jornalistas à entrada da Assembleia Municipal Extraodinária convocada para discutir as alegações de fraude, o Fundo Revita "não deu diretamente a ninguém dinheiro para reconstruir casas".

Ao invés, "todas as quantias foram libertadas à exata medida em que iam sendo executadas as obras", disse.

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O autarca voltou a frisar que todas as casas reconstruidas através do Fundo Revita "são de primeira habitação". Sobre as críticas à forma como foi conduzida a validação desses processos, o autarca afastou responsabilidades.

"Se punham lá primeira habitação, como podíamos dizer à pessoa que não era?", perguntou.

Confrontado com os casos publicados na comunicação social, Valdemar Alves apontou o dedo aos cidadãos que preencheram os processos. "Agora vêm às vossas câmaras e dizem: ‘Aquela era de segunda’.

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Entregaram os documentos em como era de primeira habitação, declaração a garantir que era habitação permanente e, a partir daí, as casas que foram requeridas para reconstrução são, para mim, de primeira habitação", disse.

Recorde-se que o incêndio de Pedrógão Grande, que teve início a 17 de junho de 2017 e rapidamente se alastrou aos concelhos vizinhos, provocou um total de 66 mortos e 253 feridos, para além de ter destruído 500 casas, 261 das quais eram habitações permanentes, e ainda 50 empresas.

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