Traficantes de armas viviam de subsídios do Estado
Tribunal de Loures aplica penas a 23 homens e mulheres. Treze são efetivas.
Viviam de subsídios do Estado, que iam recolher à Segurança Social ao volante de carros de luxo. Um grupo alargado de 23 homens e mulheres, da Grande Lisboa, foi condenado em Loures por tráfico de armas. O principal arguido, conhecido por Tabaro, de 45 anos, apanhou 7 anos e 3 meses de cadeia. Doze outros também têm penas efetivas.
O caso foi investigado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo da PJ, que em junho de 2016 apreendeu dezenas de armas. A maioria, incluindo uma G3 igual à das Forças Armadas, bem como pistolas Glock, centenas de peças e 8 mil munições, num arsenal à disposição do crime, estavam numa garagem no Pendão (Sintra) alugada por Tabaro no Natal de 2015.
O coletivo, presidido pelo juiz Rui Teixeira, considerou provado que os arguidos se dedicavam, pelo menos desde o início de 2015, com intuito lucrativo, à aquisição não autorizada de armas e munições para venda a terceiros.
Montavam vigias à garagem e falavam em códigos pelo telefone. Chegavam a guardar as armas em locais propriedade de outras pessoas, para não serem relacionados.
Tabaro justificou as armas como sendo de coleção e ajudou a PJ a apanhar um homicida.
PORMENORES
Para o Estado
Foram declaradas perdidas a favor do Estado dezenas de armas, 8 mil munições (3 mil de calibre de guerra), silenciadores e carregadores.
Despistar polícia
Códigos : arcani (Polícia), berdon (carro), burburins (munições), carrinhos ou pecanim (armas), bocanhi (pistola) e puka (espingarda).
Emprego
Um dos arguidos ficará com a pena suspensa desde que se inscreva num centro de emprego e depois demonstre os descontos legais.
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