Bombeiros de Viseu sem dinheiro obrigados a socorrer pessoas a pé

Estado deve aos bombeiros voluntários viseenses 108 mil euros relativos a transporte de doentes.

14 de novembro de 2018 às 08:52
Carlos Costa, presidente dos Bombeiros Voluntários de Viseu, diz que a corporação tem graves problemas financeiros Foto: Nuno André Ferreira
Bombeiros xxx Foto: Ricardo de Almeida
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Bombeiros xxx Foto: Getty Images

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Os Bombeiros Voluntários de Viseu podem ter de ir a pé prestar socorro a quem necessitar devido à falta de dinheiro para as coisas básicas da corporação, como é o caso do combustível. A "culpa é do Estado" que nesta altura deve 108 mil euros relativo ao transportes do doentes, dizem os bombeiros.

"Nem nos tempos em que a Troika estava em Portugal isto acontecia. A vontade que sinto no quartel, e nestes homens, é que o socorro nunca será negado, nem que seja a pé. Isto é muito real: podemos, no limite, ter de socorrer as pessoas a pé, mas nunca vamos negar socorro", garantiu esta terça-feira Carlos Costa, presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Viseu.

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O responsável referiu que ao longo do ano a organização tem tido "muitas dificuldades" para cumprir com as suas obrigações por causa da dívida do Estado. "Estamos a chegar a um ponto em que os riscos de incumprimento salarial são cada vez mais reais. Estamos a chegar ao fim do mês e não temos recursos para pagar aquilo que é devido aos nossos 25 funcionários que são os salários e o subsídio de Natal [54 mil euros], porque o Estado decidiu não nos pagar", reforçou o dirigente, adiantando que também a Autoridade Nacional da Proteção Civil está a pagar "cada vez mais tarde".

Segundo Carlos Costa, "para agravar esta situação, as próprias contribuições da Proteção Civil, a lei do financiamento tem transferências previstas para o dia 20 a 22 de cada mês, tinham vindo, até há dois meses, a ser cumpridos. Agora, em vez de pagarem a 22, pagaram no dia 3 e recentemente passaram a pagar no dia 8. Os salários são pagos no fim do mês, o financiamento é preciso antes", concluiu Carlos Costa, agradecendo aos fornecedores "a paciência que têm tido".

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