Mulher morre ensanguentada nas escadas do prédio no Seixal

Vítima de 47 anos pede ajuda a vizinha mas morre antes da chegada do socorro.

07 de março de 2019 às 01:30
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Uma mulher, 47 anos, morreu ao início da noite, numa poça de sangue, nas escadas do prédio da rua António Sérgio, Alto do Moinho, em Corroios, Seixal. Paula arrastou-se desde casa e pediu ajuda a uma vizinha, mas acabou por morrer no local ainda antes da chegada do socorro.

A PJ de Setúbal investiga, sendo que a autópsia a realizar esta quinta-feira será determinante para apurar as causas da morte. O cenário de homicídio estava quase completamente descartado.

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O alerta inicial dava conta de que a mulher teria sido degolada à facada. Os bombeiros e a PSP encontraram o corpo de barriga para baixo e com muito sangue na zona da cara e pescoço, o que faria supor o golpe. Suspeitando haver um homicida no apartamento - que tinha sangue em várias divisões -, a polícia mandou retirar os bombeiros e o INEM. ‘Limpo’ o prédio (sem terem sido encontrados suspeitos), ninguém mexeu no corpo, preservado para perícias da PJ.

Os inspetores e os elementos da área criminal da Judiciária de Setúbal rapidamente apuraram que o corpo não tinha lesões externas. Procuraram-se outras justificações para a grande quantidade de sangue, mas tudo indicava para um episódio agudo de doença que provocou um sangramento abundante pela boca - o que terá enganado os primeiros PSP no local.

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A mulher vivia sozinha, sendo vista várias vezes com um neto de cerca de três anos. Vizinhos e família não lhe conheciam namorado há vários meses. Muitos familiares acorreram ontem ao local.

PORMENORES

Quatro filhos

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Paula, de origem cabo-verdiana, tinha quatro filhos. Um deles, pai do menino, com quem era vista, encontra-se a cumprir pena de prisão. Deverá sair em breve da cadeia.

Apoio do INEM

Os familiares da vítima, bem como a vizinha a quem Paula pediu ajuda quando agonizava nas escadas do prédio, foram ontem à noite apoiados no local por psicólogos do INEM.

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Meios no local

PSP e bombeiros do Seixal foram os primeiros a chegar, assim como a Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital Garcia de Orta. A PJ assumiu a investigação.

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