Supermercados acusados de cobrar mais em caixa do que preço nas prateleiras
Diferenças nos preços podem chegar aos 50%, principalmente em promoções que não se refletem nas faturas.
A ASAE já instaurou, em 2023, mais 11 processos-crime a supermercados que estão a cobrar mais em caixa do que o preço afixado nas prateleiras. A autoridade já tinha detetado, em fiscalizações no final do ano passado, vários casos de especulação tendo já instaurado, ao todo, 37 processos-crime desde setembro.
Segundo o Jornal de Notícias, em alguns casos, o valor cobrado chega a ser 50% superior ao exposto e tem "maior incidência nos supermercados de média dimensão" e nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, refere Pedro Portugal Gaspar, inspetor-geral da ASAE, ao JN.
Entre janeiro e fevereiro de 2023, a ASAE já inspecionou 256 operadores do setor do retalho e verificou que 4,2% dos estabelecimentos estão a cobrar um valor superior pelos produtos em caixa. Aquilo que acontece, na maioria dos casos, é que nas prateleiras está exposta uma promoção que depois não se reflete na fatura do cliente.
"Temos variações de preço que vão desde os 2%, cerca de 10 cêntimos, até mais de 50% entre o valor afixado e o montante pago em caixa", diz Pedro Portugal Gaspar ao Jornal de Notícias.
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