Cronologia da fuga de Pedro Dias

Homicida de Aguiar da Beira entregou-se às autoridades a 8 de novembro.

17 de outubro de 2016 às 20:34
GNR, Aguiar da Beira, Comando Distrital de Operações de Socorro da Guarda, crime, lei e justiça, forças policiais Foto: CMTV
Partilhar

Terça-feira, 11 de outubro

A GNR é chamada a uma ocorrência e dois militares são surpreendidos no local por Pedro Dias. Um deles, Carlos Caetano, é morto pelo suspeito à traição e com um tiro na cabeça. Depois, obriga o outro militar, de 41 anos, a guiar o carro-patrulha com o corpo do colega na porta-bagagens. Ao fim de cinco quilómetros, numa zona erma a 50 metros da EN229, junto a Quinta das Lameiras, entre Aguiar da Beira e Sátão, ordena ao militar que conduzia o veículo que saia. Pedro Dias amarra-o a uma árvore.

Pub

Na mesma estrada, pouco depois, o fugitivo ataca Luís e Liliane Pinto. O homicida dispara contra o casal, que seguia de carro a caminho de uma consulta de fertilidade, em Coimbra. Pedro dias pretende roubar o carro e atira à cabeça das vítimas. O homem teve morte imediata, Liliane está em estado crítico no hospital.

Quarta-feira, 12 de outubro

Pub

Os militares fazem buscas na zona em que Pedro Dias foi visto pela última vez. Ao final da tarde, as buscas são suspensas mas os militares da GNR mantêm-se no local para garantir a segurança das populações de Candal, aldeia do concelho de São Pedro do Sul, e nas aldeias vizinhas.

No mesmo dia, duas mulheres relatam à GNR terem visto Pedro Dias em Montalegre, num posto de gasolina, a abastecer um Ford Fiesta branco. No entanto, a informação é descartada após visualização das câmaras de vigilância do posto de abastecimento.

Quinta-feira, 13 de outubro

Pub

Equipas da Polícia Judiciária da Guarda fazem buscas na casa dos pais de Pedro Dias, nas moradias de amigos e na quinta do homicida na fregueisa da Várzea, em Arouca. O objetivo é perceber se o suspeito estaria a receber ajuda na fuga e qual o nível de envolvimento de terceiras pessoas nos eventos dos dias anteriores. As autoridades pretem igualmente recolher informações sobre o passado do homem na África do Sul.

Ao início da tarde, a imprensa espanhola avança que Pedro Dias teria entrado no país vizinho através de Salamanca, situação não se veio a confirmar.

Sexta-feira, 14 de outubro

Pub

A polícia descobre que Pedro Dias deixou a carteira e o passaporte para trás, o qie limita os possíveis destinos de fuga. Há registo de vários avistamentos, mas nenhum se confirma verdadeiro.

Sábado, 15 de outubro

As autoridades continuam a seguir todas as pistas. De norte a sul de Portugal e também nas cidades espanholas perto da fronteira, surgem relatos que dão conta da presença ou da passagem de Pedro Dias. Nenhum se confirma.

Pub

Domingo, 16 de outubro

Pedro Dias volta a ser visto em Arouca. Escapa de novo às autoridades e comete mais crimes, agora bem próximo da terra onde cresceu.

O fugitivo esconde-se numa casa desabitada no lugar da Portela, na freguesia de Moldes, Arouca. A filha da proprietária, que uma vez por mês cuida da habitação, desloca-se à moradia para fazer limpezas e arejar o interior. Mas, assim que abre a porta, é atacada pelo homicida. Ainda consegue gritar, chamando a atenção de um homem que estava na casa ao lado - uma moradia de emigrantes que está vazia grande parte do ano - a tratar do jardim. Este homem vai em socorro da mulher, mas também ele acaba por ser espancado e sequestrado por Pedro Dias.

Pub

Durante pelo menos duas horas, ninguém se apercebe do desaparecimento das duas vítimas. O filho – e outros familiares – do homem estranham a ausência. Procura nas imediações e acaba por encontrar o pai na casa desabitada. A seu lado está a vizinha. Ambos amarrados e amordaçados.

O alerta é dado logo a seguir e a caça ao homem regressa em força às serras de Arouca, que Pedro Dias conhece bem. Várias estradas são cortadas e o aparato policial volta a ser visível na zona. Em vão. O medo volta aos moradores das aldeias.

Ao volante de uma carrinha Opel Astra branca, roubada ao homem que sequestrou, Pedro escapa às barreiras policiais. A GNR persegue-o e fica muito próxima de o apanhar, mas perde-lhe o rasto na zona industrial de Vale de Nogueira, em Constantim, Vila Real.

Pub

Segunda-feira, 17 de outubro

A PJ encontra o carro roubado por Pedro Dias. No interior da viatura está um par de calças com vestígios de sangue, o que leva a crer que o homicida está ferido. O Opel Astra branco é encontrado na aldeia de Carro Queimado, no concelho de Vila Real.

A polícia monta cerco a uma residência nesta localidade, chegando a acreditar-se que o homicida possa estar no interior. Mas Pedro Dias já não está no local. As buscas são suspensas ao início da noite.

Pub

Terça-feira, 18 de outubro

Um popular afirma ter visto Pedro Dias na aldeia de Assento, perto de Carro Queimado, em Vila Real. A GNR monta buscas na zona e ouve-se um tiro. Prosseguem operações nas aldeias vizinhas.

Quarta-feira, 19 de outubro

Pub

GNR e PJ apertam o cerco nas freguesias vizinhas ao local onde o carro roubado por Pedro Dias foi encontrado. A aldeia de Gache foi um dos pontos principais onde se concentraram as buscas.Terça-feira, 08 de novembroApós mais de três semanas de fuga, Pedro Dias entrega-se à Polícia Judiciária em Arouca.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar