Advogada do 'Jet Set' pede ajuda ao Estado mas conduz Porsche

Causídica requereu apoio judiciário à Segurança Social por viver em situação de carência.

19 de fevereiro de 2019 às 01:30
Joana Ramirez Foto: Direitos Reservados
Aurora Neves com a fotografia do filho que morreu num acidente de mota Foto: CMTV
Advogada acusada de desviar o dinheiro para contas de familiares Foto: Direitos Reservados
O modelo Panamera custa, no mínimo, 110 mil euros, sem extras Foto: Direitos Reservados
Casou com Vasco Ramirez, herdeiro de uma empresa conserveira centenária Foto: Direitos Reservados

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Joana Ramirez diz viver na Foz do Douro, uma das zonas mais exclusivas (e caras) da cidade do Porto, e ficou conhecida por circular ao volante de um Porsche pelas ruas da Invicta. Agora, no âmbito de uma multa a que foi condenada a pagar, por ter entregado um requerimento fora de prazo, relativo a um processo em que disputa o direito a 6,5% da empresa conserveira do ex-marido, Vasco Ramirez, a advogada, que já comentou a vida de famosos em programas de televisão, alega viver em situação de pobreza.

Pediu apoio judiciário à Segurança Social e o Estado vai agora arcar com as custas judiciais no âmbito deste processo – após o apoio lhe ter sido concedido no final de janeiro.

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Neste apoio judiciário, Joana Ramirez alega que, por exemplo, recebeu 9800 euros no ano 2018 e cerca de 3600 € em 2017. Garante ainda que no ano 2016 não declarou qualquer rendimento. A advogada atesta ainda que necessita do apoio judiciário, atribuído a pessoas carenciadas, uma vez que é a mãe, Rosalina, quem a ajuda mensalmente com 300 euros.

No requerimento aos Juízos de Execução do Porto, em que pede o perdão da multa em causa, Joana terá anexado ainda um documento de compromisso de honra, em nome da mãe, no qual explica que é esse o valor que a ajuda a sobreviver, nomeadamente a pagar as contas da luz, telefone, água e até alimentação. O Correio da Manhã tentou obter uma resposta da Segurança Social, assim como da advogada Joana Ramirez, mas sem sucesso.

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A advogada terá pedido apenas apoio jurídico nesta ação executiva contra a empresa do ex-marido. Apesar de já ter sido acusada dos crimes de burla e falsificação de documentos, num outro processo, a também comentadora de televisão ainda não requereu essa ajuda ao Estado, mas pode voltar a fazê-lo, não pagando assim as custas judiciais caso seja condenada.

Joana Ramirez é advogada de si própria e defende-se em todos os processos – isto após vários advogados de prestígio recusarem ser os seus defensores devido aos vários processos em que é acusada de burla.

Na ação executiva que discute com o ex-marido em tribunal, e com o qual casou em regime de comunhão geral de bens, estão em causa 2,5 milhões de euros . Este valor inclui parte das ações da sociedade das Conservas Ramirez, que foram penhoradas por Joana. Vasco Ramirez, que está de relações cortadas com a causídica desde 2008, opõe-se a esta execução.

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PORMENORES

50 mil € pelos honorários

No caso de Aurora Neves, em que Joana Ramirez é acusada de tentar ficar com 87 500 euros, a conhecida ‘advogada do jet set’ pedia 50 mil euros em honorários.

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Tribunal juntou processos

O tribunal juntou o processo em que Joana Ramirez vai responder por enganar a família de um jovem morto num acidente de mota com o processo da venda do património da família Brochado Coutinho.

Continua a trabalhar

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Apesar da polémica em torno de Joana Ramirez, e de a mesma já ter sido acusada em vários processos, a advogada continua a exercer funções, estando registada na Ordem dos Advogados.

Serviços numa empresa

Os rendimentos declarados por Joana Ramirez em 2017 e 2018 dizem todos respeito a serviços prestados para a mesma empresa. A advogada trabalha com recurso a recibos verdes, apurou o Correio da Manhã.

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