Apreendidas mais de duas toneladas de droga camuflada em peles de bovino. Há 19 detidos

Foram detidas 19 pessoas que pertencem a uma organização criminosa dedicada ao tráfico de droga por via marítima.

05 de setembro de 2025 às 13:45
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19 pessoas foram detidas e mais de duas toneladas de cocaína escondida em peles de bovino apreendidas pela Polícia Judiciária de Leiria em conjunto com a Guardia Civil espanhola, agência norte-americana DEA, Europol e autoridades da República Dominicana. Segundo o comunicado da autoridade portuguesa, os detidos pertencem a uma organização criminosa dedicada ao tráfico de droga por via marítima.

A Operação Olimpia decorreu em território espanhol e português, tendo a última fase ocorrido em Espanha, nas províncias de Pontevedra, Barcelona, Ourense, Guadalajara e Madrid.

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Durante esta semana foram detidas 12 pessoas, que se somam às outras sete já detidas nos territórios da Península Ibérica.

Anteriormente, já tinham sido feitas buscas domiciliárias e duas não domiciliárias, onde foram apreendidos cinco veículos de gama alta, quatro armas de fogo, vários aparelhos de comunicações e equipamentos de inibição e contra vigilância.

Foram apreendidos 2323 quilogramas de cocaína em dezembro de 2024 e junho de 2025, pelo Departamento de Investigação de Leiria e Diretoria do Norte. A maior parte da droga tinha origem na América do Sul e foi transportada camuflada em contentores de mercadorias de peles bovinas, importadas por empresas portuguesas, um novo método de ocultação.

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No total, desde o início da operação, foram feitas 32 buscas, apreendidos 150 mil euros em dinheiro, inibidores de frequência para detetar meios técnicos, telefones por satélite, balanças de precisão, quatro armas de fogo, uma arma curta simulada, uma plantação de marijuana, 5 veículos de alta gama, 17 terminais telefónicos encriptados, bem como diversa documentação.

A investigação foi iniciada pela Guardia Civil em setembro de 2024, que soube da existência de um grupo criminoso que introduzia cocaína na província de Pontevedra, a partir de Portugal.

A droga era transportada para Espanha por via terrestre, com recurso a viaturas com sistemas de ocultação sofisticados.

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"A organização dispunha de um número significativo de imóveis, utilizados como “casas de recuo”, onde escondiam o produto estupefaciente até à sua distribuição, por diferentes pontos do território espanhol", indica a PJ no comunicado.

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